Geraldo Melo diz que governo não é tolerante com corrupção
- Uma CPI não resolve o problema do Estado. O mais importante é modernizá-lo, para tornar a corrupção cada vez mais difícil. O que não significa que não devemos apurar as irregularidades - avaliou o senador.
O senador disse que as pesquisas de opinião que indicam um apoio de 84% da população à criação da CPI foram feitas sem que a sociedade tivesse conhecimento dos atos do governo de combate à corrupção. "As manifestações da opinião pública devem ser aferidas assegurando o amplo conhecimento do tema. A desinformação leva a um julgamento apressado", disse.
Geraldo Melo relacionou medidas tomadas nos seis anos de governo Fernando Henrique que, segundo ele, têm o efeito de diminuir os riscos de mau uso do dinheiro público. Ele citou a descentralização, pelo Ministério da Educação, dos recursos da merenda e do material escolares. O senador citou também o processo de revisão dos pagamentos das internações hospitalares do Sistema Único de Saúde. "Houve uma redução em 750 mil no número das internações", informou o senador.
De acordo com o parlamentar, apenas no âmbito da Receita Federal foram demitidos 120 funcionários por improbidade nos últimos seis anos. Em toda a administração direta e indireta, foram punidos com demissão, no mesmo período, 1.781 servidores. Esses números, sustentou o senador, comprovam a vontade do governo de combater a corrupção. "Muitas denúncias só estão sendo feitas porque o próprio governo as apurou", disse o senador.
Para Geraldo Melo, a Corregedoria Geral da República, cuja criação foi anunciada ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, será mais um instrumento a ser utilizado na guerra à corrupção.
03/04/2001
Agência Senado
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