GILVAM BORGES É CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA ELETRONORTE



A inclusão da Eletronorte na lista de privatizações do governo foi contestada pelo senador Gilvam Borges (PMDB-AP), em pronunciamento no qual comemorou o 22º aniversário de fundação da estatal, acentuando a sua cooperação para o desenvolvimento de toda a Amazônia Legal através do fornecimento de energia elétrica.

- A Eletronorte chegou à Amazonia há 22 anos, para levar o desenvolvimento à região. A Transamazônica fracassou, mas a Eletronorte mostrou competência, cresceu, investiu e tornou-se uma empresa de qualidade, apta a colaborar para resolver os problemas da região - afirmou.

Borges argumenta que a Eleltronorte não pode ser vendida, porque constitui "uma alavanca à disposição do governo federal" para o desenvolvimento da Amazônia. Ressaltou que a estatal pode ser mantida com a intensificação do modelo, já adotado pela empresa no Amapá, de parceria com a iniciativa privada.

O senador sustentou que "o modelo radicalmente privatizante", que pode ser bom nos estados do Centro-Sul, é prejudicial para a Amazônia. Lembrou também que a Eletronorte é "a única no seu setor detentora de tecnologia adequada para mercados rarefeitosno Brasil", e que este é um exemplo de porque "o Brasil não pode prescindir dos conhecimentos que a Eletronorte acumulou sobre a Amazônia".

Entre as realizações que podem ser creditadas à Eletronorte, Gilvam Borges apontou o importante papel da energia fornecida para a consolidação da Zona Franca de Manaus. Onze milhões de pessoas são beneficiadas pela energia gerada pela Eletronorte, que significa uma economia de 140 milhões de barris de petróleo que seriam utilizados na geração termoelétrica, com reflexos altamente positivos para o equilíbrio da balança comercial.



20/06/1995

Agência Senado


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