Governo amplia manifestações de autoritarismo, alerta Arthur Virgílio
- É triste quando se constata no nosso governante uma vocação tão irresistível para o autoritarismo, para não dizer que esse é o caminho mais curto para a ditadura. Que o presidente tenha em mente as advertências que a oposição vem fazendo de que não há lugar para autoritarismo, para ditadura e outros procedimentos incompatíveis com a modernidade – declarou.
Arthur Virgílio destacou que na visita do presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, a Brasília, Lula lamentou que Chissano, há 18 anos no poder, tenha desistido de concorrer a reeleição e tenha que “voltar para casa e cuidar de boi zebu”. O senador lembrou que o presidente fez declaração semelhante na visita ao Gabão, quando admirou o fato de o presidente daquele país estar há 37 anos no poder.
- Lula teve uma recaída em seu incontido amor pelos ditadores truculentos ainda existentes mundo afora – comentou o senador.
Ele também condenou a escolha do tema da redação do Enem, realizado pelo Ministério da Educação, que pediu que os cerca de 1,5 milhão de estudantes dissertassem sobre a liberdade de expressão, com base em textos que incluíam a opinião do presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci.
- Chamo a atenção para o risco de dirigismo no ensino brasileiro, o que seria um retrocesso sem tamanho – disse Arthur Virgílio, apoiando as críticas feitas à imprensa pelo presidente da Comissão de Educação (CE), senador Osmar Dias (PDT-PR), para quem a redação foi uma “pesquisa gratuita” imposta pelo governo aos estudantes.
02/09/2004
Agência Senado
Artigos Relacionados
Arthur Virgílio condena "travo do autoritarismo do governo"
Arthur Virgílio alerta o governo para risco de apagão em Manaus
Arthur Virgílio alerta o governo para necessidade de negociação sobre a CPMF
Arthur Virgílio alerta para risco de crise fiscal no próximo governo
Arthur Virgílio: Ancinav e CFJ são manifestações autoritárias
Arthur Virgílio alerta para crise no Leste Europeu e defende corte de gastos de custeio pelo governo