Governo corta quase R$ 7,5 bilhões no Orçamento
Uma edição extraordinária do Diário Oficial da União traz a publicação de corte adicional de R$ 7,488 bilhões em despesas não obrigatórias no Orçamento da União. Mais R$ 125 milhões são cortes dos poderes Judiciário e Legislativo e do Ministério Público Federal, que ainda serão publicados. Com a decisão, o valor economizado com as despesas não obrigatórias totaliza R$ 28,948 bilhões em 2010.
Existem ainda R$ 2,4 bilhões em despesas obrigatórias que fazem parte do plano do governo para manter o crescimento da economia de forma sustentável. No total, o corte é de quase R$ 10 bilhões em despesas primárias. O bloqueio foi anunciado no dia 13 de maio pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo. A medida total elevou para quase R$ 32 bilhões os valores aprovados mais ainda não liberados no ano.
O corte é um instrumento usado pelo governo para manter a inflação dentro da previsão quando a economia está aquecida. A meta de inflação é de 4,5%, podendo variar 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Outro instrumento para conter a demanda vem sendo utilizado pelo Banco Central, que em abril elevou a taxa básica de juros de 8,75% para 9,50% ao ano.
Segundo o governo, no primeiro trimestre do ano a economia cresceu muito porque ainda estavam em vigor todos os incentivos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedidos ao setor automotivo e aos eletrodomésticos da linha branca.
A previsão para o segundo trimestre não é parecida. Para o primeiro trimestre, a estimativa de crescimento é entre 2% e 2,5%, que anualizado chega a 8% a 10%. A ordem é agir com cautela e, por enquanto, não se fala em mexer na meta de superávit primário deste ano, de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte:
Agência Brasil
01/06/2010 11:38
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