Grito dos excluídos vira palanque



Grito dos excluídos vira palanque João Paulo aproveitou o protesto para atacar o Governo FHC. A população, por sua vez, cantou a música da primeira campanha de Lula à Presidência Um grito político. O 7º e maior Grito dos Excluídos – manifestação de entidades populares, realizada no Dia da Independência, em favor dos mais pobres – reuniu milhares de pernambucanos, no Recife, e ganhou feições e tintas políticas, com o canto do slogan da primeira campanha de Lula (PT) à Presidência da República e a primeira participação de João Paulo como prefeito do Recife. Com um discurso de oposição ao Governo Federal e ao modelo econômico do País, o prefeito disse aos manifestantes que ali estava “a parte que falta para a independência do País” e ressaltou que “o povo não pode deixar a tarefa de governar só com os governantes”. João Paulo ressaltou que acabara de participar da parada militar do 7º de Setembro, como autoridade civil, mas que estava consciente de que aquela parada representava “só uma parte da nossa independência”, restando ao País atender as necessidades de todo o seu povo. O prefeito fez o seu discurso em cima de um trio elétrico e foi saudado pela multidão. “Olê, olê, olê, olá, Lulá, Lulá!”, puxavam o coro os locutores da manifestação, entre os discursos, numa referência à figura do presidente de honra do PT, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva. Bandeiras e camisas do Movimento dos Sem-Terra, PT e várias organizações sociais davam cores ao protesto-reivindicação. O prefeito do Recife destacou a importância da organização social para a melhoria das condições de vida no Brasil e, também, como um instrumento de interferência da população na gestão dos governos. “A democracia se faz com a participação popular”, salientou. Lembrou, ainda, que o povo não pode abrir mão do “espírito revolucionário”, que é o que “move as grandes mudanças”. João Paulo reconheceu que mudar uma sociedade “não é uma tarefa fácil” e depende do esforço coletivo. “Depende de nós a construção de um governo democrático e popular. Vamos continuar lutando para transformar esta realidade”, disse, sob aplausos da multidão. A passeata foi acompanhada pelo secretário de Saúde do Recife e pré-candidato do PT ao Governo do Estado, Humberto Costa, deputados e vereadores da esquerda. João Paulo também aproveitou o seu discurso para homenagear ao padre holandês Humberto Plummen, que evangelizou e incentivou a organização das comunidades no Ibura, morto por edema pulmonar, anteontem. “Companheiro, onde estás agora? Vamos dar continuidade à nossa luta”, exaltou o prefeito. Prefeito quer manter Dirceu no comando do PT O prefeito João Paulo conclamou, ontem, os petistas a darem a vitória ao deputado federal paulista José Dirceu, na eleição interna do PT marcada para o próximo dia 16. Dirceu, integrante da tendência majoritária Unidade na Luta, disputa um novo mandato à presidência nacional do PT. Embora não pertença ao mesmo grupo político, João Paulo disse que José Dirceu “é o melhor hoje”, por ter interlocução com os vários setores da base petista, com o Congresso Nacional e com as tendências do PT. O deputado José Dirceu, ex-líder estudantil e preso político, durante o regime militar, está vinculado ao principal agrupamento político do PT (Unidade na Luta), a qual também pertencem Lula, o deputado federal José Genoíno e o secretário de Saúde do Recife, Humberto Costa. “Dirceu não é do meu plano político. Eu sempre fiquei com a ala mais à esquerda. Porém, diante do quadro do País, do projeto Lula e da importância de se assegurar a unidade interna, ele é o melhor”, justificou João Paulo. O prefeito voltou a afirmar que não existe nenhuma decisão ou orientação, no partido, que o impeça de ser candidato em 2002. “Eu é que não quero, e o partido já escolheu o nome de Humberto Costa. Vou terminar o meu mandato”, assinalou, ao se referir à declaração do deputado José Genoíno de que caberá à direção nacional ponderar sobre o candidato do partido em cada estado. Maluf teria movimentado US$ 300 milhões na Suíça De acordo com o jornal suíço Le Temps, o ex-prefeito movimentou milhões de dólares no Citibank. Paulo Maluf também manteria ligação com outras duas organizações da Suíça SÃO PAULO – O jornal suíço Le Temps divulgou ontem em seu site que o dinheiro em supostas contas que o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf tinha naquele país pode ter chegado a US$ 300 milhões. De acordo com o jornal, além do Citibank, os nomes de duas organizações suíças são citadas como tendo ligação com o ex-prefeito: a companhia financeira HBK, de Genebra, e o escritório de advogados Brunschwig Wittmer. Seus representantes teriam se reunido em diversas ocasiões com Paulo Maluf e seu filho mais velho, Flávio, para discutir a gestão dos fundos. “Coincidência inquietante: essas duas organizações participaram de uma transferência quase idêntica feita para a conta de uma pessoa próxima ao ditador nigeriano Sani Abacha, uma parte de cuja fortuna foi bloqueada na Suíça”, diz o jornal. Outra novidade trazida pelo jornal é que um inquérito policial foi aberto no Reino Unido, onde o Serious Fraud Office, especializado em crimes econômicos, está interessado nos fundos do ex-prefeito e no papel desempenhado por seus parceiros suíços. A reportagem termina dizendo que o ex-prefeito Paulo Maluf, “que chegou a ser candidato à Presidência do Brasil, ainda é um homem poderoso em seu país – mas, possivelmente, não por muito tempo”. TELEFONEMAS – O cerco ao ex-prefeito também está se fechando na Câmara Municipal de São Paulo. O vereador Eliseu Gabriel (PDT) disse ontem que os primeiros extratos obtidos com a quebra do sigilo telefônico de Maluf revelam “uma quantidade estratosférica de ligações para paraísos fiscais”. A maioria das ligações é de longa duração, segundo Gabriel, que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública do Município, encarregada de apurar o rombo em São Paulo e a denúncia de existência de fundos financeiros em nome de Maluf e parentes no paraíso fiscal da Ilha Jersey. Eliseu Gabriel afirmou, também, que os contatos coincidem com o roteiro do dinheiro enviado pelo ex-prefeito para fora do País. De acordo com a polícia financeira da Suíça, Maluf abriu conta no Citibank de Genebra em julho de 1985. O ex-prefeito vai ser interrogado novamente pela CPI da Câmara na próxima segunda-feira. Paulo Renato faz campanha em ato O 7 de Setembro foi um dia de campanha eleitoral para o ministro da Educação, Paulo Renato. Entre crianças, sorrisos para fotos e um discurso emocionado, o ministro mostrou-se confiante como pré-candidato ao Planalto. “Essa é a minha aspiração. Já coloquei o meu nome à disposição do partido. Vou até o fim”, declarou. Na solenidade de entrega de prêmios realizada pelo Ministério da Educação no Palácio da Alvorada, Paulo Renato usou o discurso para lembrar que no próximo ano não será mais ministro nas comemorações do 7 de Setembro. Estará em campanha. Vice de Itamar admite violência em convenção O vice-governador de Minas, Newton Cardoso, afirmou ontem que, “dependendo das circunstâncias”, poderá mandar seu grupo “partir para a briga” na convenção nacional do PMDB, amanhã, em Brasília BELO HORIZONTE – Fiel ao estilo que lhe valeu o apelido de “Trator”, o vice-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso (PMDB), disse ontem que poderá, “dependendo das circunstâncias”, mandar a claque que ele levará para a convenção nacional do PMDB “partir para a briga” com a ala da legenda alinhada ao Governo Federal. Responsável pela arregimentação em Minas da tropa de choque que apoiará amanhã, em Brasília, a candidatura do senador Maguito Vilela (GO) à presidência da legenda, Newton disse não se preocupar com uma possível repetição das cenas da convenção de 1998, quando grupos de tendências opostas trocaram sopapos. “Por que não?”, respondeu à pergunta sobre se seus liderados poderiam partir para o confronto físico. “Não queremos ver sangue, mas, em benefício do País, quem sabe? Vamos lutar. Faz parte. Vamos aguerridos”, disse. Maguito é o candidato e aliado do governador de Minas, Itamar Franco, que luta para que a legenda tenha candidatura própria à Presidência da República em 2002 – ele, preferencialmente – e se afaste do Governo Federal. Partirão de Minas um avião e 46 ônibus, a maioria na noite de hoje, levando os itamaristas. “Vai ter uma disputa acirrada. Não vamos entregar de bandeja isso. Não pense o presidente da República que ele vai ganhar fácil. Porque essa guerra é do PMDB contra o Fernando Henrique Cardoso. Essa disputa é exógena (extrapola os limites internos), não endógena (interna).” BARULHO – A tática do vice-governador deve ser a mesma usada na convenção mineira do PMDB, ocorrida em maio último, quando ele assumiu de vez o comando regional do partido. Sua claque ocupou quase todo o espaço do teatro onde se realizou o encontro e promoveu um barulho que praticamente não permitiu manifestações da ala contrária. O clima beligerante dos newtistas levou o grupo governista, que defende a candidatura favorita do deputado federal Michel Temer (SP), a solicitar que a segurança do encontro seja feita pela Polícia Militar e a deixar de sobreaviso equipe de seguranças. Apesar de afirmar que espera alguns apoios de última hora, Newton admitiu que seu grupo não deve conseguir a vitória amanhã e classificou uma votação pró-Maguito de 40% “como de bom tamanho”. Colunistas Pinga-Fogo - Inaldo Sampaio Laços de ternura Na campanha de 98 para o Governo do Estado a única cidade com mais de 50 mil eleitores em que Jarbas perdeu para Miguel Arraes foi Petrolina, feudo político da família Coelho, tanto os do PFL como também os do PPS . Pois bem, o Ibope acaba de fazer pesquisa naquele município (entre os dias 23 e 26 de agosto último com 300 questionários) para avaliar o desempenho dos governos federal, estadual e municipal, e aquele quadro não se alterou. Para presidente da República na chamada “pergunta estimulada” Lula é o campeão absoluto: 47% das intenções de voto, seguido de Ciro Gomes com 21%, Itamar Franco com 9%, Anthony Garotinho com 5%, e José Serra com 3% (Roseana Sarney não apareceu). FHC é desaprovado por 51% dos eleitores, contra apenas 16% que o consideram bom ou ótimo. Já o governador Jarbas Vasconcelos está numa posição intermediária: 4% acham o governo dele ótimo, 22% bom, 47% regular e 23% ruim e péssimo. O prefeito Fernando Bezerra Coelho tem um índice de aprovação de 61% (soma de bom e ótimo), 30% de regular e 9% de ruim e péssimo. Se for candidato a governador, que é uma hipótese bastante improvável, daria um banho em seu município: teria, hoje, 69% dos eleitores, contra 14% de Jarbas e 4% de Humberto Costa. Pleito inatendível De Maurílio Ferreira Lima sobre o desejo de Joaquim Francisco (PFL) de ser candidato a senador: “Nós (da aliança) não temos como atender à angústia dele porque a vida pública tem dois prazos: o legal e o político. O prazo legal é 6/10 (para troca de partido) mas o prazo político é 2002, quando Jarbas e Marco Maciel decidirão a que cargos eletivos irão concorrer. Como o sol não gira em torno da terra, e sim o contrário, eu também só decido em maio”. E ponto final. Monografia 1 O deputado Ranílson Ramos (PPS) cola grau em Economia na próxima segunda pela UFPE, tendo sido eleito orador da turma. O paraninfo é o prefeito de Petrolina Fernando Bezerra Coelho. O deputado escreveu sua monografia sobre a desestatização da Celpe dizendo que, ao abrir mão do seu maior ativo, PE “entrou numa zona de perigo”. Monografia 2 Ranílson Ramos trabalhou com os balanços financeiros dos últimos 5 anos. Para ele, ao se desfazer do seu maior patrimônio (Celpe) o Estado deveria aplicar parte desses recursos em Suape ou numa termelétrica, como queria Miguel Arraes, para ter em mãos um outro ativo. Mas decidiu aplicar na 232 “para entregar depois de mão beijada à União”. Aliança pró Jarbas faria apenas 1 senador Há consenso nos meios políticos de que a aliança governista, em 2002, elegeria apenas 1 senador e que o outro viria das oposições. Como o PFL privilegia Marco Maciel e Jarbas deseja Sérgio Guerra, quem sobraria? Desafio do PSDB é conseguir o “voto de opinião” Sérgio Guerra armou-se direitinho para brigar dentro da aliança pela candidatura ao Senado. Tem um exército de prefeitos ao seu lado e a preferência do governador. Mas há um desafio a ser vencido: conquistar o “voto de opinião”. Vá com Deus! A cúpula do PFL já dá como certa a saída de Joaquim Francisco do partido e não fará mais nenhum esforço para que ele permaneça na legenda. Ouviu-se ontem de fonte segura que as palavras de “ternura” de André de Paula e Mendonça Filho para que ele permaneça não passariam de “jogo de cena”. Bom para todos A tese do “chapão” para as eleições proporcionais envolvendo os quatro maiores partidos da aliança governista (PFL-PMDB-PSDB-PPB) começa a sensibilizar os corações dos integrantres da bancada federal. Segundo Severino Cavalcanti (PPB), o “chapão” de cabo a rabo elegeria, no mínimo, 13 dos 25 parlamentares. O deputado Afonso Ferraz (PSDB) comunicou à cúpula do seu partido que não será empecilho à formação do “chapão” com o PMDB e o PFL. “Desde que”, salientou, “o doutor Jarbas Vasconcelos divida os espaços de poder, equitativamente, com os três partidos de aliança”. Sem essa divisão ficará contra. Do decano da Câmara, Liberato Costa Júnior (PMDB), sobre o futuro político que se desenha para Roberto Freire (PPS) e Carlos Wilson (PTB): “Nenhum dos dois é candidato a senador e sim a deputado federal. Não sensibilizam mais os partidos de esquerda e, com a experiência que acumularam, não têm vocação para o suicídio”. As vozes peemedebistas que se opõem à reeleição de Jarbas Vasconcelos argumentam que se ele for candidato a senador terá deixado a sua marca à frente do governo estadual. Mas se perseguir o 2º mandato, e conseguir, passaria os quatro anos do mandato administrando greve de servidores. Tem lógica. O PSB contabiliza até agora 22 candidatos à Câmara Federal. Os novos nomes de maior visibilidade são: Miguel Arraes, Jorge Gomes, Carlos Lapa, Humberto Barradas, João Arraes, Clóvis Corrêa, Nílson Gibson, Pedro Mendes, Charles Lucena, Djalma Seixas, Amauri Pinto (Paulista), José Augusto Farias (Surubim) e Darlanges Alves (Arcoverde). Editorial Pioneirismo na medicina Continua repercutindo a notícia do falecimento do médico sul-africano Christiaan Barnard, que fez o primeiro transplante de coração em ser humano, em 1967. Um grande marco na história da medicina e um feito logo seguido no mundo inteiro, e hoje corriqueiro (mais de 40 mil pessoas já se submeteram a esse tipo de intervenção cirúrgica). Em 1971, foi também ele que realizou o primeiro transplante de coração e pulmão ao mesmo tempo. No Brasil, o primeiro transplante de coração foi feito pouco depois, em maio de 1968, pelo médico Euryclides de Jesus Zerbini. Quase 34 anos depois, com um desenvolvimento sempre maior no campo da saúde, a façanha de Barnard ainda é admirada, quando o assunto do momento é a clonagem de seres humanos. Anunciada para breve, a clonagem do homam desperta reflexões, e objeções, de caráter ético, religioso e mesmo puramente científico. Barnard morreu na Ilha de Chipre, no Mar Mediterrâneo. Seu feito não é solitário. Centenas de cientistas havia muito pesquisavam e realizavam experimentos nesse sentido. Aqui no Brasil, Zerbini, Adib Jatene e outros médicos de vanguarda não se surpreenderam com o transplante do médico sul-africano. Mas ele tem o mérito de ter sido o primeiro a chegar lá. Foi no dia 3 de dezembro de 1967, no Hospital Groote Schuur, na Cidade do Cabo, que Barnard transplantou o coração de uma jovem que morrera em acidente de carro para um comerciante de 53 anos, que sobreviveu por 18 dias. Apesar de alguns insucessos, ele e os que vieram depois abriram caminho para que milhares de pacientes cardíacos desenganados ganhassem um coração novo, recuperando a alegria de viver. Aperfeiçoaram-se os métodos de desobstrução de artérias, de pontes para desafogar o miocárdio etc. O ex-presidente da África do Sul e herói da luta anti-apartheid, Nelson Mandela, ressaltou um dado que ilustra ainda mais a biografia do doutor Barnard: ele nunca teve medo de se posicionar contra o preconceito e a segregação racial imposta aos negros pelo colonizador europeu. “Ele também fez muito ao expressar sua opinião sobre o apartheid”, disse Mandela. O cientista morreu aos 78 anos. Desde 1987 deixara de operar, por sofrer de artrite reumatóide. Ironicamente, a causa de sua morte foi ataque cardíaco. No ano em que Barnard fez a famosa operação a África do Sul estava em plena vigência da legislação de segregação, engendrada pelos líderes dos descendentes de ingleses e holandeses que se estabeleceram no extremo sul do continente africano. Embora a população de negros no país seja muito maior que a de brancos, essa legislação discriminatória impedia o progresso dos antigos donos da terra e as relações entre os dois lados. Havia bairros destinados a uns e outros, escolas, hospitais, transportes, tudo separado. Além da humilhação étnica, os negros ficavam impedidos de evoluir social e economicamente. Confinados em seus guetos, com grande índice de desemprego, os habitantes mais antigos da região não tinham perspectivas e viviam em situação aviltante. Depois, a situação foi evoluindo e hoje aquela legislação é coisa do passado. Barnard foi um pioneiro entre os brancos que se opunham à segregação racial em seu país. O exemplo de Barnard nos lembra como é importante fomentar a pesquisa. A cardiologia do Brasil ocupa um dos primeiros lugares no mundo, mas em outros campos ainda precisamos avançar muito. Zerbini, criador do Instituto do Coração (SP), que quase chegou primeiro ao transplante em que o sul-africano foi pioneiro, e Adib Jatene, são dois orgulhos brasileiros. Jatene criou uma nova forma de realizar a operação de correção dos vasos do coração de bebês, reduzindo drasticamente a morte de pacientes com o mal conhecido como do ‘bebê roxo’; e inventou o remendo do coração com pericárdio bovino; além de introduzir no País dezenas de novas técnicas cirúrgicas. Topo da página

09/08/2001


Artigos Relacionados


José Nery relata sua participação no Grito dos Excluídos

MARINA: FERNANDO HENRIQUE DEVE OUVIR "GRITO DOS EXCLUÍDOS"

À procura de palanque

Palanque eletrônico

PT e PPS trabalham por palanque único

Serra não quer FHC em seu palanque