HARTUNG: GOVERNO DEVE PRIORIZAR ÁREAS SOCIAIS EM 2001
- O Executivo precisa enxergar as prioridades do país e adotar uma nova geração de reformas, agora mais ligadas à microeconomia, dando ênfase à Lei das Sociedades Anônimas, à reforma tributária e a decisões que reduzam o custo do dinheiro e promovam uma política industrial diminuindo a dependência de bens intermediários que oneram a balança comercial - disse.
O governo, sugeriu o senador, deve aproveitar o próximo ano, em que não haverá eleições, para dar ao país uma agenda de compromisso com o desenvolvimento interno, que estanque a decadência da qualidade de vida da população e dinamize a construção civil, setor que mais gera empregos. Hartung lembrou que o Brasil vai fechar o ano com 8% a 9% da População Economicamente Ativa (PEA) desempregada, índice que chega a 17,3% na Grande São Paulo.
Outra medida importante, apontada pelo senador, é a aprovação de uma reforma tributária que limite "à sanha arrecadadora da equipe econômica" que até incluiu, nos últimos dois anos, dois milhões de trabalhadores isentos entre os contribuintes do Imposto de Renda, em função do congelamento da tabelas. Para Hartung, o caótico sistema tributário acaba punindo o assalariado e onerando a cadeia produtiva, o que torna os produtos nacionais pouco competitivos internacionalmente. "Mais uma vez, a balança comercial será deficitária em 2000", avaliou.
29/11/2000
Agência Senado
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