Hélio Costa pede liberação de R$ 3 bilhões para o setor cafeeiro



O senador Hélio Costa (PMDB-MG) afirmou nesta terça-feira (29) que juntava sua voz à do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que reivindicou ao governo federal, em declaração feita nesta semana, a liberação de R$3 bilhões destinados ao setor cafeeiro pra este ano de 2003. Ele esclareceu que o segmento pretende uma garantia de preço efetiva que permita que o café volte a encontrar uma curva de crescimento.

Os cafeicultores brasileiros, segundo Hélio Costa, pleiteiam apoio para balizar o preço da saca do grão no mercado, por meio do reajuste dos valores dos contratos de opção de compra, passando dos atuais para R$ 200 para R$ 220 a saca, a partir de setembro.

- Há grande expectativa por parte dos cafeicultores sobre a política da União para o setor cafeeiro, que deve ser anunciada pelo presidente Lula no próximo dia 2 de maio. Espera-se do governo federal decisão vigorosa capaz de permitir a retomada do crescimento da produção cafeeira - disse ele.

Hélio Costa ressaltou que a participação positiva no agronegócio no equilíbrio da balança comercial é inquestionável, tendo o café como produto de destaque. Desse modo, disse o senador, torna-se imperativa a adoção de uma política capaz de garantir preço justo ao produto. Ele alertou para o processo de globalização e para o fato de que a agricultura brasileira sofre os efeitos dos subsídios concedidos pelos Estados Unidos a sua agricultura (por volta de US$ 40 bilhões/ano), assim como a União Européia, que injeta cerca de cerca de US$ 36 bilhões/ano no setor primário da sua economia.

No ano passado, lembrou Hélio Costa, o governo de Fernando Henrique Cardoso liberou R$ 2,2 bilhões para ajudar no custeio da produção, colheita, estocagem e pré-comericalização. Trata-se, conforme o senador, de um empréstimo negociado pelos produtores e cooperativas junto aos bancos comerciais.

Depois de destacar a importância do café para a economia de Minas Gerais e do Brasil, Hélio Costa disse que se trata do produto que mais emprega mão-de-obra no interior do seu estado, notadamente no sul, no Triangulo Mineiro e Zona da Mata.



29/04/2003

Agência Senado


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