Heloísa Helena repudia fala do presidente do BNB
A senadora Heloísa Helena (PT-AL) manifestou seu repúdio a declarações que atribuiu ao presidente do Banco do Nordeste (BNB), Byron Queiroz. Segundo ela, as declarações foram feitas em reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Fortaleza, quando Queiroz teria dito que a parlamentar havia causado todos os impedimentos possíveis para impedir uma operação de crédito para os estados nordestinos.
Falando em Plenário nesta terça-feira (12), Heloísa Helena disse também que o presidente do BNB acrescentou que a senadora teria sido "forçada por todos os governadores do Nordeste" a devolver à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) a mensagem presidencial solicitando a aprovação do empréstimo, da qual tinha pedido vista.
- Como meu pai morreu quando eu tinha três meses de idade, ainda está para nascer o homem para me pressionar a fazer qualquer coisa, seja na vida pública ou na vida privada - afirmou a senadora.
Heloísa Helena afirmou ter obrigação de dizer que a única coisa que fez foi atuar com zelo.
- Se alguém está pensando que meu mandado na CAE é um anexo do BID, está enganado. Quero deixar claro meu repúdio a essa declaração irresponsável - afirmou.
A parlamentar explicou que, sem acesso ao parecer do Banco Central (BC) ou da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) sobre o empréstimo, fez o que manda a Constituição: pediu vista da matéria, para exercer "com responsabilidade" seu mandato. Depois de pedir vista, informou que o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares, lhe telefonou, colocando à sua disposição qualquer documento de que precisasse, o que não foi necessário.
O presidente da CAE, senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), solidarizou-se imediatamente com a senadora, dizendo que ela colaborou na aprovação do projeto, tanto exercitando seu direito de fiscalizar como ao concordar com a antecipação da reunião que acabou por aprovar a matéria. O parlamentar acrescentou, no entanto, que, nas várias reuniões em que esteve ao lado de Byron Queiroz no encontro do BID em Fortaleza, nada ouviu sobre a senadora.
- Se tivesse dito, teria refutado na hora, porque também considero que os senadores não podem nem devem ser pressionados - afirmou Lúcio Alcântara, exaltando ainda a combatividade e a postura altiva da senadora.
12/03/2002
Agência Senado
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