Ibope mostra queda de Roseana e Serra









Ibope mostra queda de Roseana e Serra
Pesquisa revela crescimento do governador Garotinho. Lula mantém o primeiro lugar, com 24%

A pesquisa do Ibope/CNI, divulgada ontem, mostra que a guerra de dossiês e as denúncias contra candidatos, que estão transformando a campanha eleitoral um clima de baixaria, não contam com o aprovação dos eleitores. Nas intenções de voto para a Presidência da República, Roseana Sarney (PFL) e José Serra (PSDB), diretamente envolvidos nessa batalha, estão perdendo apoio.
A surpresa da pesquisa foi o candidato do PSB, Anthony Garotinho, o único que subiu em relação à anterior. Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu com facilidade a prévia no PT, continua em primeiro lugar, com os mesmos 24%.

Roseana caiu quatro pontos percentuais (de 17% para 13%) e perdeu também o terceiro para Garotinho, que subiu de 11% para 14%. Serra, que caiu de 19% para 16%, continua em segundo lugar. Garotinho assumiu o terceiro lugar. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, Serra, Garotinho e Roseana estão tecnicamente empatados.

Ciro Gomes (PPS) aparece com 6%, enquanto Itamar Franco (PMDB), que anunciou quarta-feira a desistência da sua candidatura, tem 4%. Enéas (Prona) tem 2%.

A pesquisa Ibope/CNI apurou um crescimento acentuado no índice de rejeição de Roseana Sarney. Segundo o levantamento, 50% dos entrevistados não votariam nela de jeito nenhum. Na pesquisa anterior, de dezembro passado, a rejeição de Roseana era de 38%.

O candidato que teve a menor rejeição foi Garotinho, cujo índice caiu de 47% para 41%. O segundo menor é de Serra, que apresentou a maior queda da rejeição, caindo de 52% para 43%.
Já a rejeição dos eleitores em relação a Lula aumentou, chegando a 44% contra 40% na pesquisa anterior. Ciro também apresentou uma ligeira alta, de 43% para 46%.


Mil passageiros ficam no trem da alegria do Senado
Ordem judicial para demissão dos nomeados sem concurso não pode atingir os que já eram estáveis

Cerca de mil dos 1.554 funcionários que entraram na Gráfica do Senado em 1984 sem concurso público, têm grandes chances de permanecer na Casa. Pelos cálculos do diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, apenas entre 500 e 600 dos beneficiados na época não tinham mais de cinco anos de efetivo exercício no serviço público e, portanto, não contam com o direito à estabilidade no serviço público.

A Advocacia do Senado aguarda a publicação da sentença do juiz federal Osmane Antônio dos Santos, substituto da 3ª Vara, para apresentar recurso no Tribunal Regional Federal. A sentença anula parcialmente o ato que autorizou a mudança do regime de trabalho dos 1.554 funcionários da Gráfica, da Consolidação das Leis do Trabalho para o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União.

Do chamado Trem da Alegria promovido em 1984, faziam parte vários parentes de senadores, deputados, governadores e prefeitos, da época. Mulheres, filhos e protegidos foram efetivados na antiga Gráfica, hoje Secretaria de Edições Especiais e Publicações do Senado.

A Advocacia do Senado deverá alegar ainda que vários desses funcionários ocupam hoje funções essenciais em várias comissões e que sua saída poderá comprometer o funcionamento da Casa.
Para o advogado Pedro Calmon, autor, junto com o advogado Jonas Candeia dos Santos, da ação popular que resultou na sentença proferida esta semana, será muito difícil reverter a decisão do juiz Osmane Antônio dos Santos. "A contratação, sem concurso público, lesou o texto da Constituição e as leis federais", afirma.


Sindicatos abrem mão de férias e 13º
Força Sindical se antecipa a projeto de lei que está no Senado e aceita acordos que eliminam direitos trabalhistas de operários

A Força Sindical e o Sindipeças (sindicato das empresas de autopeças) assinaram ontem o primeiro acordo que altera cinco itens da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT.
Cerca de 145 mil metalúrgicos do Estado de São Paulo já podem, se adotado o acordo, ter férias, participação nos lucros, licença-paternidade, horário de refeição e 13º salário pagos de forma diferente do que prevê a lei em vigor atualmente.

O acordo é ilegal perante a Justiça do Trabalho. Só valerá quando o Senado aprovar projeto do governo que permite aos sindicatos abrir mão de direitos previstos na CLT. Mas, mesmo sem o Senado ter votado as mudanças na lei, a central e o Sindipeças vão enviar cópias para o ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, para a Delegacia Regional do Trabalho e para o Ministério Público do Trabalho.

Os representantes dos trabalhadores e das empresas pretendem, ainda, pôr em prática o acordo em algumas empresas do Estado.

Segundo Drausio Rangel, negociador patronal do setor de autopeças, várias empresas procuraram o Sindipeças para discutir pelo menos a adoção de um item, a redução no horário de refeição. "A lei diz que deve ser de uma hora, mas muitas já têm 30 minutos e ficam sujeitas à autuação dos fiscais do trabalho." Rangel também afirmou que o projeto de alteração é do próprio governo, por isso ele não poderia punir as empresas que quiserem adotá-lo.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse hoje que a central "mudou de atitude" e pretende revelar os nomes das empresas que adotarem os acordos. Um dia após o acordo ter sido votado pelos metalúrgicos, em assembléia que reuniu 25 mil trabalhadores no domingo, Paulinho afirmou que preservaria o nome das empresas.


Em um mês, DF cria mais 1.720 empregos
O número de trabalhadores com carteira assinada no Distrito Federal cresceu 0,44% em fevereiro em relação a janeiro. No mês passado foram criados 1.720 novos empregos. Nos últimos 12 meses o total é de 15.114 novos postos de trabalho.

Os dados fazem parte de uma pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em todo o País o crescimento foi de 0,39% com a geração de 82.013 novos empregos formais. No ano o acumulado é de 126.241 novas oportunidades de emprego, com um crescimento de 0,60%.

O resultado de fevereiro é o melhor registrado desde julho de 2001, quando o nível de emprego formal cresceu 0,48%. Todos os setores tiveram crescimento em fevereiro. O melhor desempenho ficou com o setor de serviços que criou no período 38.021 empregos, seguido pelo comércio com um saldo de 10.990 contratações.


Comércio espera se recuperar este mês
Empresários esperam para este mês a recuperação das vendas no comércio. Em fevereiro, de acordo com a pesquisa conjuntural da Federação do Comércio (Fecomércio), as vendas caíram 1,32% em relação ao mesmo período do ano passado. Se comparada a janeiro, a queda é a ainda maior: o comércio de Brasília vendeu, em fevereiro, 4,65% menos do que no mês anterior.

O mau desempenho é explicado pelo presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, como previsível e fruto do menor número de dias no mês. "Poderia ter sido pior. Se as aulas não tivessem começado antes do Carnaval, as férias teriam sido mais longas e, conseqüentemente, as vendas menores", diz Santana.

Nem mesmo o movimento nas papelarias e livrarias, por causa do início do ano letivo, foi suficiente para garantir um resultado positivo nas pesquisas. Em fevereiro, o setor de papelaria foi o que teve o melhor desempenho, com um crescimento de 25,84% nas vendas.


Vem aí a venda das ações de Furnas e BB
Depois do sucesso da Vale do Rio Doce, governo federal estuda a oferta de papéis de outras empresas

Após o sucesso da venda das ações da Companhia Vale do Rio Doce com o uso do FGTS, o governo já estuda o lançamento de oper ações semelhantes. A bola da vez, agora, seriam as ações excedentes do controle do governo na parte de geração de Furnas e no Banco do Brasil.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eleazar de Carvalho Filho, afirmou ontem que a venda das ações da Vale mostrou uma demanda reprimida entre os pequenos investidores do País. "A venda dessas ações vai estimular, futuramente, a participação do varejo em vendas pulverizadas da participação do governo em estatais e ex-estatais. Ele admitiu a venda das ações do Banco do Brasil e de Furnas.

O Banco do Brasil deve realizar, ainda este ano, uma venda de suas ações. No ano passado, o próprio Tesouro Nacional admitiu essa possibilidade.

A presidência do banco tem discutido o assunto com o governo. Há dois meses, a expectativa era de que a venda ocorresse ainda neste primeiro semestre. Agora, fala-se que o mais provável é que ocorra no segundo semestre.

Na Bovespa, os gestores de recursos já correm atrás de ações ordinárias do Banco do Brasil que, ontem, tiveram a terceira maior alta do Ibovespa. Subiram 4,6%, a R$ 12,50. No mês, já acumulam alta de 20,2%.

"O problema é que os investidores estrangeiros ainda olham para o BB como um banco político, que empresta sem critério. Agora, o governo terá de vender a imagem de credibilidade da instituição", afirma o diretor de um banco.

O governo colocou à venda 31,5% do capital votante que ainda detinha na mineradora, privatizada em 1997. O preço de cada ação foi fixado em R$ 57,28. Com desconto de 5%, o preço cai para R$ 54,42.

Investimento é limitado a 29%
Quem fez um pedido de reserva para a compra das ações da Companhia Vale do Rio Doce com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderá investir, no máximo, 29% do solicitado. Quem pretendia investir R$ 300, em dinheiro do fundo, por exemplo, agora só poderá utilizar R$ 97 na aplicação. O motivo é a grande procura pelos papéis.

Os pedidos excederam o limite de R$ 1 bilhão, estabelecido pelo BNDES. Por isso, haverá um rateio entre os solicitantes. Ao todo, 728 mil pessoas fizeram pedidos utilizando recursos do FGTS, totalizando R$ 3,4 bilhões.

Para se ter uma idéia de como a opção de investimento ganhou popularidade entre os trabalhadores, na venda de papéis da Petrobras, em 2000, o número de compradores foi de 312 mil pessoas.

O preço da ação da Vale ficou em R$ 54,42, já com o desconto de 5% para quem utilizou o FGTS. Mas, para não perder o desconto, o comprador não pode vender as ações durante seis meses.


Artigos

Quem não erra?
José Roberto Lima

Estamos voltando ao Olimpo, ao tempo de Zeus e sua camarilha que brincava de gato e sapato com a pobre, e desde sempre estúpida, raça humana. Estamos retomando aquela época em que os atlantes se vangloriavam de sua inteligência superior e produziam artefatos que hoje parecem brinquedos para os humanos contemporâneos.

Estamos criando uma raça de semideuses, de jovens e prepotentes “senhores” da verdade, que detêm e manipulam a informação como se fossem arautos do Poder Superior. Não há mais lugar no mundo para a simplicidade, a humildade, a benevolência, a servidão. Resumindo: pobreza de espírito já era.
Ou o sujeito fica esperto e se vira, ou dá uma martelada na cabeça e fica gagá de vez. Quem quiser ser Napoleão que procure um hospício ou um programa de televisão. No mundo de hoje não há lugar para erros. A atual raça parece estar levando ao pé da letra o preceito bíblico de que fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Se o Supremo não erra, então também não podemos errar.
Mas quem prova que Deus não erra?

O próprio Universo é uma sucessão de erros. Se os corpos celestes transitam pelo vácuo em completa desarmonia, se esbarrando uns nos outros, se autodestruindo, esta é a melhor prova de que somos a imagem e semelhança de Deus. Também podemos sair por aí feito baratas tontas, nos esbarrando e nos destruindo. E, principalmente, errando.

Porque errando é que se aprende. Aprendendo é que se vive. Vivendo é que se entende o quanto somos imbecis ao aceitar que meia dúzia de semideuses, desses de dar calo em pé de Zeus, nos digam como deve ser o mundo que eles imaginam para si.

Por acaso Deus nos perguntou como queríamos nosso mundo? Nein...
Simplesmente nos impôs sua vontade ao dizer para Adão e Eva que eles podiam fazer de tudo, menos comer o fruto proibido.

Por que proibir? Obediência é submissão. Para quem tem a imagem e semelhança, submissão não combina com a realidade. Por isso, cria-se hoje uma raça de prepotentes e semideuses, donos da verdade absoluta.
Tão absoluta que lhes dá o direito de punir quem erra ao preencher um simples cheque bancário e ignora que, por descuido, aperta um gatilho e mata um semelhante.

Um errou sem querer, outro errou “sem querer, querendo”. Mas um simples erro chega a ser mais grave que um ato de barbárie. Então, meu amigo, se você quiser continuar sendo um ser humano comum, um simples mortal temente a Deus, calcule bem seus erros. Quando for errar, não deixe por menos: erre o suficiente para não ser punido.

Porque, me parece, que Deus e seus semideuses não gostam de errinhos, de coisas pequenas. Eles preferem quem erra com competência.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Faltou foto na Lunus de FhC
Num único dia (17 de agosto de 1998), a campanha de reeleição do presidente Fernando Henrique recebeu uma Lunus de presente: R$ 1,250 milhão em doações de empresários, cash. Só faltou fotografar. Metade (R$ 600 mil) foi doada pelo industrial Jorge Gerdau, um dos astros da atual propaganda dos oito anos de governo FhC, na TV. Sem contar os R$ 5 milhões em dinheiro vivo, entregues a FhC na campanha de 1994, segundo lembrou o senador José Sarney no discurso de quarta.

Para lá de Marrakech
O Erário torrou R$ 300 mil na viagem de um grupo de deputados a Marrakech, no Marrocos, para uma "conferência" que começou dia 17 e acaba amanhã. Comprovantes do Siafi em poder da coluna mostram que a Câmara fez duas libertações, de R$ 230 e R$ 70 mil para esse fim. A União Interparlamentar embolsou mais R$ 125 mil a título de "anuidade".

Pensando bem...
...os deputados brasileiros foram ao Marrocos, por conta da Viúva, para a festa de casamento de Jade.

Morto muito vivo
A cúpula do PFL fez muita questão de afastar Emílio Carazzai da presidência da Caixa Econômica Federal, mas "esqueceu" a verdadeira a galinha dos ovos de ouro na área: o Funcef, milionário fundo de pensão da Caixa. Indicado por Carazzai e pela cúpula pefelista, o presidente do Funcef, Edo Freitas, operador discreto e eficiente, finge que já morreu.

Na guerra ao Paraguai...
Por imposição dos Estados Unidos, há duas semanas o Brasil aumentou tanto as dificuldades para sacoleiros que, na prática, fechou a fronteira entre Ciudad Del Este (Paraguai) a Foz do Iguaçu (PR). Um funcionário de primeiro escalão do governo FhC revela: "A idéia é quebrar Ciudad Del Este". Os EUA acham que há mesmo "terroristas" na tríplice fronteira.

...há vítimas brasileiras
O governo brasileiro nem percebe que sua prestimosa colaboração com o governo americano, "quebrando" Ciudad Del Este para tentar pôr fim a supostos "terroristas", além de ser uma crueldade para milhares de paraguaios, prejudica dramaticamente muitos brasileiros, principalmente os de Foz do Iguaçu, e a economia do Paraná.

Jogo sujo no MS
O PSDB está tão empenhado na derrota do governador Zeca do PT, no Mato Grosso do Sul, que uma de suas deputadas, Marisa Ferrano, é acusada de pressionar o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, a não cumprir sua parte (R$ 40 m ilhões) no esforço para construir a termelétrica de Porto Primavera, na divisa dos dois estados.

Rima pornô
Essa atração fatal do PFL pelo governo se justifica. É amor que fica.

Deu certo
Assume em abril a nova coordenadora do RioTransplante, Rosana Nortem, substituindo Jorge Aquino, afastado após o protesto contra a "política genocida" do governador Garotinho. Hoje uma comissão, que inclui o Grupo Otimismo, de portadores de hepatite C, começa a montar esquema emergencial para reativar a captação de órgãos.

Fazendo as contas
O deputado Luiz Sérgio (PT-Rio) enviou ao TCU o resultado de CPI sobre irregularidades na aplicação dos recursos do Fundef na área de educação em Petrópolis.

Pãozinho mortal
Leitora adverte para o cumprimento da lei 10.273, de 2001, sobre o uso do emulsificante com bromato de potássio no preparo de massas e pães. A OMS considera o bromato cancerígeno, destruindo as vitaminas do complexo B e prejudicando doentes crônicos. Só a Vigilância Sanitária do Rio e São Paulo estão atentas para o problema.

Terra de ninguém
Deu no site berlindacapixaba.cjb.net: Rodrigo Rangel, repórter da rádio CBN-Vitória, refugiou-se no Rio, após ameaças dos pistoleiros que tentaram matar Cláudio Cisne Cid, filho da corregedora do TRF que apura corrupção de juízes do Tribunal. Rodrigo continua cobrindo o caso.

Estatal perdulária
A Viúva continua sob tortura na Radiobrás. A estatal anda mal das pernas, em credibilidade e nas finanças, mas em 2002 o seu presidente torrará R$ 19.929,74 só no telefone celular, no Rio. Uma média mensal de R$ 1.660,81, em conversa mole por conta do Erário.

Faturando a morte
O morto está se lixando, mas a família pode faturar algum. A empresa americana de games Acclaim Entertainment pagará a quem anunciar nas sepulturas seu novo jogo ShadowMan 2, com um policial de Nova York virando zumbi para lutar contra o demônio. A polêmica está criada, pois a empresa alega ser lucrativo para os parentes pobres dos finados.

Burocracia da Capes
A Capes centralizou em Brasília as entrevistas com os 235 incautos selecionados para obter bolsas de doutorado no exterior, em 2002. Alguns estão vindo da Europa, por conta própria, só para participar desta fase da avaliação, que poderia muito bem ser feita pela Internet. Quem for aprovado receberá uma bolsa de 2 mil dólares mensais.

PODER SEM PUDOR

Comício errado
Adhemar de Barros foi fazer um comício em Caxias (RS), na campanha para presidente da República, no início dos anos 60. Por coincidência ou não, na mesma noite, mas em outra praça da cidade, havia comício de Fernando Ferrari, candidato a vice na chapa de Jânio Quadros.
– Um aparte!... - gritou um bêbado, interrompendo o discurso de Adhemar.
– Pois não, pode falar...
- É que nós, gaúchos...
– Errou de comício - interrompe Adhemar – gaúcho é o Ferrari. Vá encher o saco dele, na outra praça.


Editorial

A OPOSIÇÃO À PONTE

Ninguém discute mais a necessidade da construção da terceira ponte do Lago Sul. Os benefícios que ela vai trazer, não apenas para os moradores do bairro, mas também de cidades como Paranoá e São Sebastião são imensos. O governador Joaquim Roriz prometeu construir a ponte tão adiada pelo governo anterior e está cumprindo.

Os adversários políticos do governo estão enxergando na ponte uma poderosa usina de votos e, na obtusidade de uma oposição burra, ameaçam pedir a paralisação da obra por causa de um pedido de suplementação de verba. A exposição de motivos, convincente do ponto de vista técnico, mostra porque o preço foi aumentado. A ponte será muito maior do que o projetado e surpresas no solo forçaram maiores gastos nos pilares. Mas, num ano eleitoral, os políticos e outros setores da oposição só enxergam os benefícios que a obra trará aos adversários que a construíram e não aos moradores.

Nesta campanha absurda vale até mentir, dizer que haverá desvio do dinheiro da infra-estrutura das cidades para a construção. O pior é que mesmo políticos sérios da oposição são levados por esta expedição eleitoreira, confundindo o debate que deve haver para as próximas eleições, com uma obra que vai dar mais qualidade de vida para centenas de milhares de brasilienses.


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03/22/2002


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