Ibope põe Serra em segundo
Ibope põe Serra em segundo
Enquanto Roseana Sarney lutava para manter sua candidatura, uma nova pesquisa do Ibope já coloca candidato do PSDB, o ex-ministro José Serra, em segundo lugar, posição que era da governadora do Maranhão. O primeiro lugar ainda é de Lula, com 24% das intenções de voto, seguido de Serra, com 19%, e Roseana, com 17%.
O candidato do PSB, Anthony Garotinho, com 11%, ficou em quarto lugar, seguido de Ciro Gomes (PPS), com 7%, Itamar Franco (PMDB), com 5%, e Enéas (Prona), com 2%.Os votos brancos e nulos somam 7%, e 9% não souberam ou não quiseram opinar.
A previsão de que a candidatura da Roseana Sarney é uma carta fora do baralho está sendo confirmada não apenas pelas pesquisas eleitorais, mas também pelos dirigentes do PFL.
Em Brasília, o deputado Roberto Brant (PLF-MG) afirmava que "é difícil separar o marido da mulher", referindo-se à situação de Roseana. Brant, que na quinta-feira renunciou ao cargo de ministro da Previdência, exige, como outros dirigentes do PFL, explicação completa, com documentos e testemunhas, da origem dos R$ 1,34 milhão.
"Se persistirem as dúvidas, Roseana não poderá manter sua candidatura, porque mesmo que as dúvidas sejam injustas, não é bom para o Brasil", disse Brant.
Marido assume culpa para salvar Roseana
Jorge Murad sai do governo e diz que arrecadou R$ 1,3 milhão para bancar a campanha presidencial
Em mais uma desesperada tentativa de manter a candidatura de Roseana Sarney à Presidência da República pelo PFL, o seu marido, Jorge Murad, renunciou ontem ao cargo de gerente de Planejamento (correspondente a secretário de Estado) do governo do Maranhão.
Murad assumiu que é o responsável pelo R$ 1,3 milhão, encontrados pela Polícia Federal na empresa Lunus, e que o dinheiro foi arrecadado por ele, sem conhecimento de Roseana, para ser usado na campanha ao Planalto. A Lunus é de propriedade da governadora em sociedade com Murad.
O marido de Roseana era considerado o homem-forte do governo, já que era por ele que passavam as decisões sobre o Orçamento estadual. "Agi só. Agi por determinação própria. Corri os riscos inerentes à realidade social do País. Assumo a responsabilidade da iniciativa e saio do governo neste momento para evitar maior constrangimento a quem quer que seja", afirmou.
A decisão de renunciar ao cargo e admitir que o dinheiro apreendido no escritório da Lunus seria utilizado na campanha para a sucessão presidencial foi acertada durante encontro de quase quatro horas que o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, teve com a governadora Roseana Sarney. Bornhausen chegou a São Luís ontem por volta das 11 horas.
Desde a apreensão do dinheiro, Roseana Sarney e membros do PFL apresentaram várias justificativas para ele. Primeiro, era para pagamento de funcionários, depois que iria ser usado para pagar madeireiras, ou que era proveniente da venda de chalés que seriam construídos na região dos Lençóis Maranhenses.
O dinheiro foi encontrado durante apreensão de documentos determinada pela Justiça, que apura denúncias de que empresas de Murad e Roseana estariam envolvidas no desvios de verbas da extinta Sudam.
A arrecadação de recursos para a campanha de Roseana, neste momento, é irregular. A legislação a proíbe expressamente, antes que os candidatos sejam escolhidos nas convenções partidárias (que serão realizadas de 10 a 30 de junho) e registrados na Justiça Eleitoral.
Silvio Santos não é mais solução
O apresentador de televisão Silvio Santos, apontado co um dos nomes capaz de tirar o PFL do impasse, com a retirada da candidatura da governadora do Maranhão, também está fora do jogo.
Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) esclareceu que o empresário não é filiado a nenhum partido político. Esse fato elimina a hipótese de Silvio Santos ser lançado candidato à Presidência da República em um possível "plano B" do PFL, conforme versões que chegaram a circular nos meios políticos. Uma das exigências básicas para se disputar uma eleição é o registro partidário.
O PFL chega agora a admitir apoiar outro candidato que poderia ser até do PSDB, mas não o ex-ministro José Serra. Lideranças do PFL estariam propensos a apoiar um outro nome tucano, como o do presidente do Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG). Questionado sobre esta possibilidade, Aécio disse que não está em seus planos ser candidato a presidente da República.
Pesquisa causa briga no PT gaúcho
A divulgação de uma pesquisa sobre a eleição ao governo do Rio Grando do Sul acirrou os ânimos entre as duas facções do PT gaúcho que disputam as prévias e provocou divergências no partido.
O jornal Zero Hora publicou ontem os resultados de uma pesquisa encomendada pelo grupo do prefeito Tarso Genro, indicando que ele venceria a eleição disputando com Antônio Britto (PPS) e Sérgio Zambiasi (PTB) e empataria com Pedro Simon (PMDB). O governador Olívio Dutra, que quer concorrer à reeleição, seria derrotado pelos mesmos adversários.
De acordo com a pesquisa, Tarso derrota todos os adversários no primeiro e no segundo turnos, só empatando no segundo turno com Simon (42,9% a 42,4%). A pesquisa apresenta os piores índices já obtidos por Olívio. O governador perderia para Britto, Zambiasi e Simon por uma diferença de no mínimo 18 pontos
O grupo de Olívio reagiu, pondo fim à aparente cordialidade entre as duas correntes. Um dos líderes da facção do governador, o secretário do Interior, Dirceu Lopes, disse que o vazamento contraria o método petista e combina com as práticas de partidos da direita.
Simon sai e deixa disputa para Itamar
O senador gaúcho Pedro Simon abriu mão da pré-candidatura a presidente da República pelo PMDB em favor do governador de Minas Gerais, Itamar Franco. Com a desistência, o PMDB oposicionista espera lançar Itamar e enfrentar na convenção de junho a ala governista, que defende o apoio ao candidato do PSDB, José Serra.
Em reunião realizada ontem no Rio, Simon fez um apelo para que o governador mineiro assumisse logo a pré-candidatura. Itamar, porém, pediu tempo para pensar. Tanto Simon quanto o ex-governador Orestes Quércia, também presente no encontro, disseram que o governador de Minas vai aceitar. "Ele disse que estava disposto a enfrentar todos os riscos", disse Quércia. Itamar prometeu uma resposta para os primeiros dias de abril, pois, se assumir a pré-candidatura, terá de se desincompatibilizar até o dia 6.
"Abri mão porque acho que Itamar tem mais representatividade", declarou Pedro Simon. Simon e Quércia falaram na possibilidade de procurarem outras legendas para conversar sobre o apoio a Itamar Franco e oferecer a candidatura a vice. O ex-governador paulista citou o PL e o PDT como partidos que poderão ser procurados.
Correção do FGTS chegará com atraso
O governo dificilmente conseguirá cumprir o cronograma de pagamento da correção do saldo de 52 milhões de contas do FGTS, previsto para começar em junho.
A apenas três dias do prazo dado pelo ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, aos bancos, apenas 61,04% das informações chegaram à Caixa Econômica Federal. Somente metade dos 78 bancos enviaram os saldos de todas as contas de quem tem direito à reposição das perdas com os planos Verão e Collor I.
A previsão do governo era de que os extratos das contas fossem enviados em abril para os trabalhadores. Mas esta data corre o risco de não ser cumprida, pois o governo ainda não tem todas as informações.
No entanto, o Ministério do Trabalho não admite mudança no cronograma. De acordo com a assessoria de imprensa, a expectativa é de que até sexta-feira os bancos enviem o restante das i nformações.
Ontem, os bancos conseguiram adiar para o dia 4 de abril a decisão sobre a multa de 10% sobre os valores que não foram informados à Caixa no prazo legal. O Conselho Curador do FGTS, presidido pelo secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Paulo Jobim, adiou a confirmação da multa para uma reunião extraordinária em abril.
A multa deverá atingir 60 bancos que até o dia 31 de janeiro não haviam remetido à Caixa o saldo das contas do FGTS sob sua administração.
O adiamento atendeu a pedido da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, que pretende impugnar a cobrança da multa.
No início deste mês, o ministro Francisco Dornelles afirmou que os 60 bancos que não cumpriram o prazo seriam multados. Até a data prevista para o envio dos saldos apenas 11,14% das 56,2 milhões de contas previstas haviam chegado à Caixa.
Dornelles prevê o pagamento, em junho, de quem tem até R$ 1 mil a receber. Acima de R$ 1 mil e até R$ 2 mil, o pagamento seria feito de julho a dezembro e acima de R$ 2 mil, somente a partir de 2003, em parcelas semestrais.
O que fazer
em direito a receber a correção no saldo do FGTS quem tinha conta do fundo de dezembro de 1988 a janeiro de 1989 e em abril de 1990
Para receber a correção o trabalhador deve assinar termo de adesão, abrindo mão de recorrer à Justiça. A adesão pode ser feita pelos Correios, nos sindicatos filiados à Força Sindical ou pela Internet nos sites www.mte.gov.br ou www.caixa.gov.br
Artigos
Há quem goste de comer lixo
Lauro Aires
Os teóricos podem se contorcer, os engajados se revirar, mas não podem negar que a linha trash (palavra em inglês que significa lixo) tem espaço cativo no gosto do povo. Uns falam mal, outros acham engraçado, mas ninguém deixa de dar uma espiada nos reality shows Big Brother e Casa dos Artistas.
Eu estou com a minoria – segundo o Ibope – que prefere o Big Brother. Acho o programa melhor editado, mais ágil e realista. E os protagonistas são mais inteligentes. Os quase famosos do rival mostrado pela emissora de Sílvio Santos são incultos e fúteis ao extremo. É bom para ver de perto em que mundinho vivem certas celebridades. No Big Brother, até o bobão da turma, o bombado Kléber, com seu sotaque caipira, parece capaz de entender um silogismo ou identificar um sofisma.
Mas, voltando ao tema da coluna, os reality shows ganharam espaço no vácuo deixado pela queda de qualidade da teledramaturgia brasileira, que sempre foi de excelente qualidade. Foi... Mesmo com toda a tecnologia e criatividade dos profissionais globais, não há como fazer milagres com textos e tramas de novelas ruins.
O gosto pela "vida real na telinha" já vem se mostrando há muito tempo com a chegada das pegadinhas e das esdrúxulas situações armadas por profissionais como Faustão, João Kléber e Gugu. É pano para manga para horas e horas de discussão acadêmica, páginas e páginas de teses em Teoria da Comunicação ou Estética e Cultura de Massas.
E espero que tais discussões fiquem dentro do mundo acadêmico, sem preconceitos. Sou adepto da tese de que o povo não é burro. Não engole, portanto, qualquer coisa que empurram. Se algo faz sucesso é porque alguma coisa tem de bom.
É muita leviandade esperar que um trabalhador, depois de um dia duro de labuta, queira chegar em casa e acompanhar uma discussão sobre existencialismo. Intelectuais e artistas pensam nos grandes problemas do universo porque se deleitam no ócio.
Ótimo para eles e para o universo, mas não critiquem quem deita na cama cansado e espera nada mais do que mensagens de fácil assimilação, que remetam a seu dia-a-dia. Ninguém ficará mais burro por causa disso. A televisão perdeu há muito tempo o papel de educadora. Há outros instrumentos mais eficazes para isso. Ela dá o que o povo quer e gosta. E é ótimo que com um clique no controle remoto as pessoas possam pular da Casa dos Artistas para o Discovery Channel.
Como bem disse o colunista de O Globo Artur Xexéo, só se fala de sexo, comida e cocô nos reality shows. Alguém conhece temas mais interessantes? Até onde eu sei, todo mundo come, faz sexo e cocô. Nada mais natural do que se divertir com variações e diferentes impressões sobre esses temas.
Colunistas
CLÁUDIO HUMBERTO
Se foi Gercy, Cardoso sabia
O araponga Gercy Firmino da Silva, o “Jota Cristo”, a quem o PFL atribui a chefia da operação que produziu o dossiê anti-Roseana Sarney, é o responsável pelas operações para o Norte e Nordeste da Agência Brasileira de Inteligência. Também conhecido por “Cabo Velho”, por sua passagem pelo Exército, Gercy é considerado funcionário leal: nada faz sem o conhecimento do general Alberto Cardoso, chefe do Gabinete de Segurança do Planalto. Cardoso negou que o trabalho tenha sido feito.
Quem é “Alemão”
Segundo apuraram os pefelistas, o araponga Gercy Firmino da Silva contou com a ajuda de um colega, conhecido por “Alemão”. Trata-se de Edgar Lange Filho, subchefe do Grupo de Combate e Controle do Terrorismo da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência.
Araponga terceirizado
Outro ex-agente do SNI, José Heitor, acredita o PFL, também teria participado da operação “destruir Roseana Sarney”. Ele é dono da empresa Interfort Tecnologia em Segurança, com sede na Quadra 308 Norte, em Brasília. No seu cartão de visitas, Heitor oferece serviços com “câmeras secretas” e “detecção de grampos/escutas” etc. Hummm...
Mansão popular
Um grupo de ilustres petistas, à frente o governador Zeca do PT (MS), comprou uma mansão no Pantanal onde se promovem fins de semana de arromba, para deleite do guru Lula do PT. Um ex-deputado, advogado milionário de Brasília, já se arrependeu de ajudar na compra. O grupo se reúne para pescar piranhas, espécie muito comum naquelas bandas...
Azar é isso aí
A filha e secretária particular de FHC, Luciana Cardoso, não tem levado sorte nos negócios. Após acertar a compra de pequena propriedade rural, há meses, ela avisou que o registro seria em nome de outro, “para evitar fofocas”. Azar: a velhinha que lhe vendia a pequena fazenda era parente de Luiz Francisco Souza, o temido procurador da República.
Calaboca, FhC
FhC diz que teria sido eleito sem o PFL, logo quando precisa do partido para aprovar a CPMF, na Câmara. Mais uma frase infeliz na hora errada.
FhC não precisa de um porta-voz, está precisando é de um corta-voz.
Conversa fiada
Antes de viajar, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, garantiu a ex-ministros pefelistas e “plantou” nos principais jornais que traria de São Luís (MA), na bagagem, a desistência de Roseana Sarney de sua candidatura. Conseguiu, no máximo, que o marido dela, Jorge Murad, pedisse demissão do cargo de gerente de Planejamento do Maranhão.
Pensando bem...
...você compraria um marido usado de Roseana Sarney?
Bê, de bigode
Eis o tal Plano B do governo para salvar a candidatura Serra: lançar o candidato José Serraney.
Quer que erre?
Felipão convoca dois Ronaldinhos (um em recuperação) e um Rivaldo (contundido) para a seleção. Romário, não. Quer um ataque que “erre”.
Mr. Grampo
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), em conversa com líderes de outros partidos, ontem, lembrou que na disputa pela presidência da Câmara teve seus telefones grampeados pelos adeptos do adversário Aécio Neves. “Foi coisa do Márcio”, sustenta. Referia-se a Márcio Fortes, o deputado tucano que teria encomendado o dossiê anti-Roseana.
Honoris causa
Se aprovado projeto do senador Moreira Mendes (PFL-RO), o 27 de setembro será o Dia do Bacharel em Turismo.
Nessa data, FHC terá uma merecida folga.
Decisão inédita
O pátrio poder – responsabilidade dos pais pelos filhos menores – não se estende aos atos em que o filho é apto a praticar de forma autônoma, como dirigir automóvel. A decisão do Superior Tribunal de Justiça, a ser anunciada hoje, beneficia um casal de Brasília cujo filho causou a morte de um homem, em 1995, num acidente.
Bumba meu terror
A emissora de TV espanhola TeleMadrid jura que a CIA está procurando Osama bin Laden no Brasil. Está de olho em árabes que precisam de hemodiálise duas vezes por semana (Osama sofre dos rins) e em “presunto” parecido com ele por aqui, para fazer o teste de DNA.
Obra de Saulo
Próceres pefelistas consideraram “um primor” a nota em que Jorge Murad assume a paternidade do dinheiro encontrado na Lunus. Cuidadosamente elaborado, o texto foi obra do jurista Saulo Ramos.
Obra de Santa Engrácia
O governador do Rio não prega o olho com a recusa do prefeito de São Gonçalo, Henri Charles (PMDB), em assinar termo aditivo ao convênio de obras no valor de R$ 42 milhões, prometidas há dois anos. O dinheiro do convênio foi pelo ralo. O atual secretário de Obras de Garotinho, Edson Ezequiel, está mal na história, que vai para o Ministério Público.
Poder sem pudor
O cisco de volta
O deputado José Maria Alkmin ia certa tarde por um dos corredores do Palácio Tiradentes, quando um correligionário seu, pessedista de Minas, o interceptou, tirando-lhe um cisco do paletó e pedindo 5 mil cruzeiros emprestados. Alkmin, famoso por sua sovinice, reagiu:
– Está muito caro. Pode botar o cisco no lugares
Editorial
OS LIMITES DO JOGO POLÍTICO
No jogo político qualquer suspeição é apenas mais um elemento numa intrincada cadeia de declarações, meias verdades e mentiras inteiras. Faz parte das regras da competição, todos sabem e, embora práticas condenáveis, são suportadas. Mas no caso das acusações contra a empresa da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, há um certo exagero que faz mal a toda a sociedade. Enquanto a suspeição estiver sendo levantada contra um adversário – ou ex-aliado político – tudo bem. No momento em que se alcança a Justiça com insinuações irresponsáveis de conluio com o Poder Executivo, é preciso repensar todo o processo público brasileiro.
Toda a ação efetuada na empresa da governadora foi legal, não há como contestar. Cumpriu as formalidades legais e foi executado, sem que houvesse quebra de qualquer direito. Ela e o partido (PFL) tentaram, num primeiro momento, politizar a ação. E isto é parte da negociação política. Grave é tentar fazer a opinião pública acreditar que o Judiciário, aqui representado pelo procurador da República Pedro Taques, tenha participado de uma jogada política.
O jogo político deve ser jogado nos limites de seu campo. Não pode nunca invadir outros territórios sob pena de quebrar o equilíbrio exigido pelos três poderes.
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03/13/2002
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