Ideli diz estranhar tom dos discursos da oposição



A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), manifestou nesta quinta-feira (22) sua preocupação com o tom de discursos feitos no Plenário pela oposição, segundo a qual o Brasil mergulha no caos, na paralisia e na falta de autoridade. Para a senadora, há tal despropósito nesse tipo de intervenções, que elas mais parecem destilar inconformidade com a derrota eleitoral.

As situações destacadas pela oposição referem-se a ocupações de terra e greves, ações que, conforme a senadora, fazem parte da democracia. Ideli questionou se os que apontam a suposta falta de autoridade não estariam de fato pedindo autoritarismo.

Aos que criticam a paralisia do governo, Ideli lembrou que a dívida pública contraída por outros governos ainda não dá tranqüilidade ao país, como atestou nesta semana o Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar de a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter conseguido diminuir o peso desses encargos, seu montante ainda não permite uma perspectiva concreta de crescimento econômico superior a 3,5% ao ano, afirmou a senadora. Além do problema do endividamento do país, a falta de investimento crônico não permite que o país cresça com rapidez e de maneira sustentável.

Ideli voltou a pedir mais agilidade da Casa nas votações e disse esperar que na próxima terça-feira (27) o projeto de lei de conversão (PLV 21/04) que estabelece a cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e dos programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS-Pasep) sobre produtos e serviços importados seja votado, para que suas medidas possam chegar aos beneficiados.

A líder do PT lamentou ainda que nem todos os parlamentares tenham feito sugestões de emendas para que o governo estude o remanejamento de verbas para o atendimento prioritário a calamidades, como seca e enchentes que atingiram alguns estados. Como subsídio, ela entregou à Mesa o parecer da sua assessoria técnica para uma emenda de sua autoria que pedia R$ 6,6 milhões para melhoria sanitária de Santa Catarina.



22/04/2004

Agência Senado


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