Ideli quer mais rapidez em processos contra corruptos
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) defendeu nesta quinta-feira (10) a adoção de medidas que acelerem o processo judicial nos casos de crimes contra a administração pública ou crimes de corrupção, os chamados crimes do colarinho branco. De acordo com a senadora, por tramitar sob o rito ordinário, esse tipo de crime desfruta de um processo judicial tão longo, com a possibilidade da interposição de inúmeros recursos, que a impunidade é quase uma certeza. Ela assinalou que essa mudança é a base que garantiria o sucesso de uma reforma política.
- A reforma política é emergencial para acabar com focos de corrupção, mas não vejo como possa surtir efeito se não eliminarmos a estrutura que permite a continuidade da corrupção. Precisamos ter a garantia de que o corrupto seja rapidamente julgado e punido - afirmou.
Ideli disse que a ausência de ética da política não é um problema exclusivo de parlamentares, mas "está implantado no seio da cultura da própria sociedade brasileira".
A senadora também elogiou o trabalho da Controladoria Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) no período do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela disse que é inegável a mudança quando se compara o trabalho realizado pelo PF no governo anterior e apresentou um resumo das operações realizadas entre os anos de 2033 e 2005.
- Há uma diferença, há uma determinação política, uma espécie de ordem de governo para investigar doa a quem doer, de maneira republicana, responsável e profissional - afirmou.
O senador Sibá Machado (PT-AC) concordou com Ideli e disse que a PF merece um voto de aplauso. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que, se o presidente da República conclamar a opinião pública para pressionar os deputados federais, é possível realizar um esforço para votar a reforma política já aprovada pelo Senado.10/08/2006
Agência Senado
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