Ideli quer saber origem e destino de dinheiro apreendido em SC



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Após elogiar novamente o trabalho da Polícia Federal (PF), a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse estar ansiosa para que o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, vá a Santa Catarina e pergunte novamente de onde veio o dinheiro utilizado por integrantes do PT para tentar comprar um dossiê que supostamente prejudicaria candidaturas dos tucanos.

Ideli lembrou que Aldo Hey Neto, assessor especial do ex-secretário da Fazenda de Santa Catarina, Max Bornholdt, está preso desde 16 de agosto, quando foi detido com mais de R$ 2 milhões em cédulas de reais, euros e dólares. A investigação ainda não apontou de onde veio o dinheiro nem para onde ia. Segundo ela, o juiz que atua no caso disse que "há fortes indícios de que uma parte do dinheiro poderia ir para o alto escalão do Governo do Estado".

- Estou louquinha para que ele pergunte lá, em Santa Catarina, para a tríplice aliança, que envolve PMDB, PSDB e PFL no Estado, de onde vieram os mais de dois milhões apreendidos em agosto e que ainda não temos bem claro de onde veio e para onde ia - afirmou.

O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) solicitou um aparte à senadora, que negou, utilizando-se de prerrogativa regimental. Heráclito argumentou que, sendo um integrante do PFL, gostaria de responder a questão colocada pela senadora, mas não conseguiu que ela concedesse o aparte.

Após o discurso de Ideli, Heráclito pediu a palavra e disse que o PT chegou ao ponto de sua líder dizer que quer que Alckmin chegue em Santa Catarina para responder sobre uma investigação local. O senador observou que o governador Luiz Henrique "era paparicado" pelo PT enquanto tentava obter seu apoio para o candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva.

- Mas, quando o governador se desencantou com o PT, virou o patinho feio. O outro candidato no estado, Esperidião Amin, também corre do PT como o diabo corre da cruz. Precisamos fazer uma limpeza no Brasil, mas o PT não deixa. Nós não vamos nos curvar à arrogância, à incompetência nem a ameaças desse tipo - afirmou.

Também em aparte, o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) - candidato a vice-governador na chapa para reeleição de Luiz Henrique ao governo catarinense - disse que não dá para comparar Jorge Lorenzetti, Freud Godoy e Ricardo Berzoini - integrantes do PT envolvidos na frustrada compra do dossiê - com uma pessoa que sequer era ligada ao governo do estado. Para ele, o caso de Santa Catarina é bem diferente do caso do dossiê, que envolve pessoas do PT e assessores do presidente Lula.

17/10/2006

Agência Senado


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