Ideli Salvatti comemora aprovação de projeto que favorece servidores demitidos no governo Collor



Em pronunciamento nesta quarta-feira (11), a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) saudou a aprovação, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), do projeto de lei do senador Lobão Filho (PMDB-MA) que reabre o prazo para que os servidores e empregados públicos demitidos pelo governo Collor possam requerer a sua reintegração ao serviço público.

Ideli disse que teve a oportunidade de exercer uma tarefa de "arrumação e limpeza" ao ser relatora do projeto (PLS 372/08), que foi aprovado em decisão terminativa pela CCJ e agora será encaminhada para análise da Câmara dos Deputados.

A senadora lembrou que 108 mil funcionários foram demitidos entre 1990 e 1992, "quando imperava a história do Estado mínimo".

- Em 1994 foi aprovada uma lei de anistia, que não foi cumprida e passou a ser cumprida agora - disse a senadora, acrescentando que, se o projeto for aprovado na Câmara, "alguns milhares de funcionários" poderão ser reintegrados.

Economia

Ideli também comentou manchete do jornal Gazeta Mercantil, que destacou o crescimento de 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2008. A senadora fez o comentário lembrando que os demais jornais deram destaque à queda do PIB no quarto trimestre em relação ao terceiro. Ela frisou que esse percentual de crescimento do PIB foi o segundo maior da história econômica do país, tendo sido superado apenas pelo índice de 5,7% registrado em 2004 e 2007.

O jornal, acrescentou Ideli, afirma ainda que o Brasil ficou atrás somente da China no ranking mundial de expansão da economia, em 2008, e que o país será menos industrial e mais sustentado pelos serviços em 2009.

- Portanto, essa é uma manchete realista. Essa é uma manchete que coloca pingo nos "is" - disse a senadora.

Ideli disse ainda que três fatores dão segurança para que o Brasil atravesse a atual crise financeira internacional com segurança: o fato de o país ter sido um dos últimos a ser atingido pela crise; o consumo crescente das famílias há 19 trimestres consecutivos, embora com certa redução atual; e a solidez do sistema financeiro nacional.

- Temos bancos públicos que felizmente não foram privatizados, a CEF, o Banco do Brasil, o BNDES. Temos gordura. Podemos diminuir o superávit primário para manter o ritmo de investimento. Espero que o corte da taxa Selic seja efetivamente de dois por cento. O Brasil tem condições de se reerguer, se superar e sair da crise. Vai abalar? Vai. Mas quando se compara com os outros países, faz toda a diferença - concluiu.



11/03/2009

Agência Senado


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