Indicação de Guilbaud tem parecer favorável
Três anos depois de ser anistiado e de retornar aos quadros do Itamaraty, o ministro de primeira classe Jacques Claude François Michel Fernandes Vieira Guilbaud deverá tornar-se o primeiro embaixador residente brasileiro na República da Guiné. A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quarta-feira (28) parecer favorável à sua indicação (MSF 159/06), que ainda será examinada pelo Plenário.
A votação da mensagem presidencial de indicação de Guilbaud, inicialmente prevista para a semana passada, foi adiada para que os integrantes da comissão analisassem denúncias feitas contra ele de colaboração com os serviços de informação do regime militar. Em sua defesa, o embaixador desafiou qualquer pessoa a dizer que teria sido denunciada por ele. E disse ter sido afastado do Itamaraty em conseqüência de denúncia que fez sobre irregularidade na compra de imóvel destinado a sediar a embaixada brasileira em Lisboa, em 1979.
O relator da mensagem, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), disse ter conversado por telefone com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, que criticou a indicação de Guilbaud por meio de seu blog na Internet. E observou que o embaixador indicado tem demonstrado grande disposição em colaborar com o país.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse ter adotado uma postura de cautela, há uma semana, até obter maiores informações a respeito da história de Guilbaud. Após conversar com o embaixador, Virgílio defendeu a aprovação de sua indicação. Contribuíram ainda para a sua decisão, segundo relatou, declarações favoráveis ao embaixador feitas pelo professor francês Alain Touraine e a boa relação de Guilbaud com dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo.
Austrália
Também recebeu parecer favorável da comissão a mensagem presidencial de indicação (MSF 164/06) do ministro de primeira classe Fernando Paulo de Mello Barreto Filho para o cargo de embaixador brasileiro na Austrália. Ele deverá representar o Brasil, cumulativamente, junto à Papua Nova Guiné e à República de Vanuatu. A mensagem presidencial com a sua indicação teve como relator ad hoc Eduardo Suplicy.
Barreto incluiu entre as suas prioridades o estabelecimento de linhas de transporte diretas e regulares entre os dois países. Atualmente, o transporte marítimo é feito por Cingapura, e o aéreo por meio de empresas do Chile e da Argentina. O indicado defendeu ainda o aumento do comércio e dos investimentos entre Brasil e Austrália.
Recebeu igualmente parecer favorável da CRE a mensagem presidencial de indicação (MSF 162/06) do ministro de segunda classe Arnaldo Caiche D"Oliveira para o cargo de embaixador do Brasil no Togo. O relator ad hoc da indicação foi o senador Ney Suassuna (PMDB-PB).
Caiche deverá reabrir a embaixada brasileira em Lomé, que foi fechada em 1997 por razões orçamentárias. Ele anunciou que pretende colocar em prática acordos já firmados entre os dois países, em áreas como a cultural e de cooperação técnica.
28/06/2006
Agência Senado
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