Jader convoca PMDB para decidir sobre presidência do partido



O presidente do Senado, Jader Barbalho, disse nesta segunda-feira (dia 16) que vai convocar a Executiva Nacional do PMDB, ainda esta semana, para discutir sua permanência na presidência do partido, por acreditar que a decisão não é pessoal, e sim política. Barbalho considerou como "tese esdrúxula" o apelo da oposição para que deixe a presidência do Senado, e disse não esperar alterações no seu relacionamento com o governo em função de denúncias da imprensa que o vinculam a empresário acusado de fraudes na Sudam.

- Eu não me afasto das pessoas pelo simples fato de terem sido acusadas. Não pretendo me afastar do presidente Fernando Henrique porque dizem que há um dossiê sobre contas em Cayman ou irregularidades no BNDES, até porque, no meu entendimento, as apurações foram feitas, e as acusações são improcedentes - afirmou.

Jader rejeitou as declarações da oposição, que gostaria de vê-lo sair da presidência do Senado, lembrando que quando houve suspeitas sobre o relacionamento de Rubens Galerani, chefe da representação do estado da Bahia em Brasília, com o então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, "ninguém pensou em levantar essa esdrúxula tese".

Quanto à reunião da Executiva do PMDB, o senador disse que pretende realizar uma "avaliação conjunta", ressaltando que sua vontade, desde o início, foi a de se afastar, por acreditar que "há certa incompatibilidade do cargo com a presidência do Senado". Ele disse que, mesmo não se sentindo confortável com a situação, ficou, atendendo a apelo dos companheiros.

Plenário

O presidente do Senado confirmou que pretende colocar em votação esta semana duas alterações na legislação eleitoral - relativas à fidelidade partidária e ao fundo público de campanha - retiradas de pauta por acordo de lideranças, e informou que a pauta do plenário está pronta até maio. Ele esclareceu que a Lei das S.A. encontra-se em exame nas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania e de Assuntos Econômicos, e que, embora não possa impor o regime de urgência, devido à complexidade do assunto, está empenhado no cumprimento dos prazos de tramitação.

16/04/2001

Agência Senado


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