PMDB vai se reunir para decidir sobre projeto que muda CLT, informa Nabor Júnior
O senador Nabor Júnior (PMDB-AC) disse nesta quinta-feira (7) que seu partido deverá se reunir logo nos primeiros dias do novo ano legislativo para discutir, entre outros pontos, o projeto do governo que modifica regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O projeto já foi aprovado na Câmara, tramita em regime de urgência na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado e foi enumerado como prioridade pelo Executivo para os trabalhos do Congresso deste semestre.
- Como em outras situações de propostas que envolvem maior polêmica, o PMDB irá reunir-se para fechar uma posição e eu seguirei a orientação partidária - adiantou o senador, acrescentando, no entanto, que à primeira vista não lhe parece que o projeto do governo subtraia direitos do trabalhador.
Ele citou, por exemplo, o parcelamento do décimo terceiro salário sugerido pelo projeto, o que, em sua opinião, é uma providência razoável, considerando-se as dificuldades que muitos empresários enfrentam em determinados momentos.
- É comum a gente ouvir falar de empresas que quebraram porque não conseguiram arcar com os compromissos junto aos empregados. Se houvesse uma alternativa mais ágil de negociação, talvez essas situações pudessem ser evitadas. Eu entendo que o projeeto não causa prejuízos ao trabalhador, mas sim flexibiliza alguns direitos - argumentou.
Nabor Júnior também contestou as alegações da oposição e de centrais sindicais de que a proposição retira força dos sindicatos. Para ele, esse argumento é uma "confissão da inoperância e incompetência de algumas centrais sindicais que já não têm correspondido aos interesses de seus filiados".
O senador aproveitou para comentar o balanço feito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso na última quarta-feira (6), em comemoração pelos sete anos do Plano Real. Nabor Júnior consideras que, apesar dos problemas estruturais do país, é preciso reconhecer que o governo conseguiu estabilidade econômica, com a queda e o controle da inflação. Ele citou ainda os avanços positivos registrados nos últimos anos nos setores de educação e saúde.
07/02/2002
Agência Senado
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