Jefferson Péres defende acordo de transição com FMI



O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), Jefferson Peres (PDT-AM), defendeu um acordo de transição do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI) com a participação de todos os candidatos. "Seria um colchão de proteção contra turbulências, especulação, além de um aval para tranqüilizar toda a comunidade internacional em relação à segurança do Brasil, da nossa economia", disse o senador:

--É preciso que se entenda que o FMI não procura país nenhum para impor fórmulas mirabolantes ou leoninas. Os países é que procuram o Fundo quando estão em dificuldades, e a receita do FMI, com poucas exceções, é a correta: rigor fiscal, seriedade administrativa. Acusa-se o fundo de ter abandonado a Argentina, mas não foi nenhuma fórmula imposta pelo FMI que faliu a Argentina, foi o sistema de paridade cambial imposto além de qualquer limite de bom senso, além da desordem fiscal das províncias.

Jefferson Peres acha que a grande ameaça ao Brasil agora é a possibilidade de uma crise de todo o sistema capitalista internacional por conta da crise nos Estados Unidos, que ele aponta como uma crise de confiança, gerada pela falta de ética, pelas fraudes nos balanços das empresas com a conivência das empresas de auditoria:

--É uma situação difícil, porque todo esse sistema estava montado em uma suposta seriedade, acreditava-se que as empresas eram sérias, que os números e a valorização de ações eram verdadeiros, e agora se constata que era tudo uma grande fraude.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado não está otimista em relação às negociações que vem mantendo no Brasil o comissário de comércio da União Européia, Pascal Lamy. É que o economista francês já deixou claro que não há como reduzir de forma substancial os subsídios europeus à agricultura. "Como então podemos estabelecer um comércio mais livre apenas com base na indústria?", pergunta o senador:

--A nossa expectativa deve ser também voltada para os chamados "países baleias", como Rússia, China, Índia e até a África do Sul, com quem devemos estabelecer parcerias bastante interessantes em futuro próximo - disse Jefferson Peres.



23/07/2002

Agência Senado


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