JEFFERSON PÉRES DEFENDE AUMENTO DE SALÁRIOS



O senador Jefferson Peres (PDT-AM) afirmou, nesta segunda-feira (12) que são os assalariados, em especial os servidores públicos, que estão pagando o preço mais alto pela estabilidade da moeda. "A oposição está mordendo a isca, esquecendo-se de defender os salários e se preocupar com a questão social para se ocupar, apenas, com o barulho e o brilho das Comissões Parlamentares de Inquérito", enfatizou.Para Jefferson, a imprensa, o Senado, a sociedade em geral, todos se mostram "anestesiados" pelas denúncias que serão examinadas nas CPIs do Poder Judiciário e do Sistema Financeiro e pelo barulho que cerca seu funcionamento. "Estamos a poucos dias do 1º de maio, quando se anuncia o reajuste do salário mínimo e ninguém discute os índices. Fala-se em um aumento entre 7% e 10%, levando o mínimo a escassos 80 dólares. E ninguém protesta!", indignou-se.Segundo o senador pelo Amazonas, não se trata de propor a reindexação dos salários, nem mesmo do mínimo. "Isso não resolve a questão social, mas acredito que se deveria dar um aumento substancial para o mínimo, para diminuir os índices de pobreza no país. Se é verdade que o impacto sobre a Previdência Social ou as contas dos estados e municípios é grande demais, seria o caso de se estudar a desvinculação entre os índices".Para Jefferson Péres, "o que não se pode aceitar é o silêncio em torno do achatamento salarial, em função dos descaminhos da oposição e da cumplicidade de todos". Ao lado dessa política, observou, "estamos vendo uma remarcação sistemática nas tarifas públicas. "Os combustíveis subirão 7%, o terceiro aumento do ano. A energia elétrica sofrerá majoração média de 13%. Os serviços postais subirão 30%, as tarifas de transportes aéreos, 10%. Mas são as telecomunicações que mais correm à frente dos salários".Jefferson lembrou os motivos para o realinhamento de preços. "De um lado o aumento de custos, em face da desvalorização cambial, de outro a necessidade de capitalizar essas estatais para que obtenham preços mais atraentes na privatização. E sobretudo a necessidade de cumprir metas de 3,1% de superávit primário acordadas com o FMI. Enquanto isso, a reedição da MP 1815 suspende promoções funcionais e gratificações por tempo de serviço dos funcionários públicos. Não posso calar meu grito de inconformidade", concluiu.

12/04/1999

Agência Senado


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