Jefferson Péres defende continuidade do projeto de mineração Rocha Sã



O senador Jefferson Péres (PDT-AM) apelou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em favor de um aporte de US$ 20 milhões para o Projeto Rocha Sã, na Vila de Pitinga, no município amazonense de Presidente Figueiredo. O projeto, de acordo com o senador, emprega 1.200 trabalhadores e produz 7.143 toneladas/ano de estanho, para uma produção total, no país, de onze mil toneladas.

O consumo brasileiro do produto é de seis mil toneladas. Jefferson alerta que, sem o Projeto Rocha Sã, o Brasil passaria de exportador a importador de estanho. No entanto, para ter continuidade, a mineração, naquele local, precisa de maiores investimentos.

- Até recentemente, a cassiterita era extraída do leito dos igarapés, pelo processo aluvional. Mas esta modalidade de exploração se esgotou, e agora é preciso aplicar tecnologias mais complexas, sofisticadas e dispendiosas para explorar a Rocha Sá - explicou o senador, informando também que a empresa responsável pelo projeto é a Taboca Mineração e Metalurgia, subsidiária do Grupo Paranapanema, por sua vez, controlado pela Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil).

Ainda de acordo com o parlamentar, pesquisas geológicas demonstram que a montanha de Rocha Sã é provavelmente a maior mina polimineral do mundo, pois contém 28 tipos diferentes de minérios, num volume total de 195 milhões de toneladas. Ele destaca a presença de tântalo e urânio, considerados estratégicos para o país. Além disso, salientou, o projeto é fiscalizado pelo Ibama e pelas autoridades ambientais do estado e do município. Dos mais de oito mil hectares em que houve extração, já foram recuperados 7.600 hectares, com a cobertura vegetal nativa.

- Ao longo de 20 anos, esses mesmos trabalhadores ajudaram a construir um modo ecológica e socialmente correto de extrair minério da Amazônia. Há um convívio respeitoso e harmônico entre a extração da cassiterita e a população indígena da região. O empreendimento, em que pese sua localização ao lado da reserva dos waimiri-atroari, jamais produziu perturbações no cotidiano desses ocupantes originais da terra - destacou, lembrando que a estrada de acesso à mina passa pela reserva indígena, e que por isso a empresa paga mensalmente R$ 64 mil aos índios, pelo direito de passagem.



16/03/2004

Agência Senado


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