João Batista Mota conclama governo a ter mais ousadia



Argumentando que o brasileiro não agüenta mais esperar por emprego e salário, o senador João Batista Motta (PMDB-ES) conclamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ousar mais em sua política econômica e reajustar o salário mínimo para R$ 500.

- Vamos fazer uma aventura, vamos ousar, presidente Lula. Vamos ouvir os senadores que desejam que o trabalhador brasileiro tenha uma melhor condição de vida - pediu ele.

João Batista Motta afirmou que fixando o salário mínimo em R$ 500 o governo não sofrerá perda de receita, argumentando que, na hora que o trabalhador receber esse salário, passará a consumir mais na farmácia, na loja de material de construção e no supermercado, aumentando a arrecadação de impostos.

- Vai comprar e vai pagar impostos porque esse é um percentual sobre o valor da sua compra. A arrecadação das prefeituras, do estado e do governo federal também vai aumentar. Não vamos mais ter medo de aumentar salário nesse país. Porque o salário dos pobres vai no outro dia para os cofres dos supermercados e das lojas e volta como forma de tributo - frisou.

Lembrando que o governo passado não deu reajustes ao funcionalismo, Motta disse que essa política salarial proliferou pelo país e que, em seu município, Serra (ES), há oito anos o funcionalismo não recebe aumento nenhum, embora a arrecadação tributária tenha triplicado.

Na opinião do senador, se o governo Lula ousar em sua política salarial, os empresários também ousarão. "E não ficaria apenas o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] ousando dentro do nosso país", disse o parlamentar.

No mesmo discurso, João Batista Motta disse que o Espírito Santo está sendo massacrado pela política econômica do governo. Ele pediu que o governo contenha o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente, para que não criem parques irresponsavelmente; e pediu que a Petrobrás possa fazer prospecção e licitar os poços de petróleo que transformaram o Espírito Santo na segunda maior reserva de petróleo do país.

Pediu ainda que o governo deixe a Aracruz Celulose continuar transportando eucalipto do estado da Bahia para o Espírito Santo, onde existe a maior empresa de celulose do mundo; e que os proprietários rurais possam continuar produzindo, sem que a ação governamental desaproprie terras produtivas.



07/04/2004

Agência Senado


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