João Batista Motta pede fim dos quebra-molas



Durante a sabatina realizada na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), que examinou a indicação de cinco diretores do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) nesta quinta-feira (24), o senador João Batista Motta (PPS-ES) chamou atenção para o problema dos quebra-molas, proibidos pelo Código Nacional de Trânsito e que, na sua opinião, atrapalham o tráfego e põem em risco veículos e motoristas, dificultando a vida principalmente dos caminhoneiros.

João Batista afirmou esperar que a nova diretoria do DNIT crie uma fiscalização mais rígida para que as obras de recuperação das rodovias brasileiras sejam mais duradouras. Atualmente, afirmou, as obras não duram nem seis meses e ninguém é punido. O senador Duciomar Costa (PTB-PA) fez pedido semelhante.

O senador Gerson Camata (PMDB-ES) chamou atenção para o fato de que, mesmo o governo tendo gasto fortunas para dotar as estradas brasileiras com balanças para caminhões, o excesso de peso dos veículos de carga vem destruindo as rodovias. O senador Leonel Pavan (PSDB-SC) pediu que sejam terminadas obras que estão paralisadas nas rodovias de Santa Catarina.

O senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) afirmou que o Mato Grosso praticamente "não tem estradas". Muitas vezes, relatou, os motoristas usam o acostamento porque não há mais leito nas rodovias. "É impraticável usar as estradas federais no Mato Grosso", disse o senador, que pediu atenção dos diretores do DNIT para o problema.

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) questionou quanto dinheiro e quanto tempo seriam necessários para recuperar as rodovias brasileiras. O futuro diretor do DNIT José Antônio da Silva Coutinho afirmou que há propostas indicando que R$ 22 bilhões em quatro anos poderiam resolver o problema.

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) pediu mais investimentos em ferrovias e hidrovias e afirmou que já será uma grande conquista se o governo conseguir recuperar o que existe e terminar o que já foi começado. O senador Leomar Quintanilha (PFL-TO) expressou sua satisfação em ouvir falar em "mudança na matriz de transporte do Brasil", defendendo maior investimentos em ferrovias e hidrovias.

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) afirmou que não há capacidade privada de investir em ferrovias nem na maioria das rodovias do Nordeste. Para Guerra, o governo tem que assumir essa questão. O senador pediu a construção da ferrovia Transnordestina. O senador Mão Santa (PMDB-PI) citou frase do imperador D. Pedro II, segundo a qual o maior presente que se pode dar a um país é uma estrada. Mão Santa pediu obras nas estradas e no porto Luíz Correia, no Piauí. O senador João Ribeiro (PFL-TO) cobrou a recuperação da rodovia Belém-Brasília.



24/04/2003

Agência Senado


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