João Costa pede redução do 'spread' bancário



O senador João Costa (PPL-TO) afirmou em Plenário, nesta terça-feira (6), que o Brasil precisa reduzir os juros. Ele observou que, apesar dos cortes de juros realizados pelo Banco Central  desde o ano passado, o país continua com os maiores juros do mundo. Ele se referiu especialmente ao juros spread bancário.

- A taxa real dos juros básicos, assim considerada a taxa de juros básica descontda a inflação, está hoje em 1,75% ao ano, enquanto a média internacional é negativa: está em menos de 0,4% ao ano – destacou.

João Costa observou que, enquanto a taxa de juros básica está abaixo de 2% a.a, a taxa de juros do crédito, para pessoas físicas e jurídicas alcançou 23,2% a.a no mês de setembro. O senador afirmou que isso reflete o elevadíssimo spread bancário, que é a diferença de juros que os bancos pagam aos aplicadores e cobram dos tomadores de empréstimos.

- A economia brasileira opera com o mais elevado spread bancário do mundo, o que penaliza gravemente e de forma injustificável os investimentos produtivos, reduzindo, por conseguinte, a taxa de crescimento da economia brasileira – ressaltou.

O senador disse que não há justificativa para a absurda taxa de juros cobrada do consumidor brasileiro e afirmou que para que o país consiga se desenvolver é preciso que os juros cheguem a um “nível civilizado”.

João Costa explicou que a desnacionalização e a desindustrialização de empresas também são entraves para o crescimento do país já que diminuem cada vez mais o mercado das empresas nacionais. Ele citou relatório elaborado pela consultoria KPMG que revela que, até o final de setembro, 247 empresas nacionais foram adquiridas por fundos, bancos ou outras empresas estrangeiras.

- A questão, em síntese, é que nação alguma conseguiu crescer sem que a base desse crescimento fosse sua própria indústria. Pensar o contrário é uma ilusão fatal na qual não temos porque cair - afirmou.



06/11/2012

Agência Senado


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