Jorge Viana alerta para a urgência da reformulação do pacto federativo




O senador Jorge Viana (PT-AC) disse nesta terça-feira (1) que o Congresso Nacional está correndo contra o relógio em relação ao projeto de lei (PLS 289/2011) que reformula o pacto federativo brasileiro. Ele lembrou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2010, pela inconstitucionalidade das regras utilizadas na partilha do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).

Jorge Viana recordou que a tabela de coeficientes de distribuição era provisória e só deveria ter sido aplicada até 1991 e que a lei específica que traria a tabela permanente, com vigência a partir de 1992, nunca foi editada. Com isso, o STF estabeleceu prazo até 31 de dezembro de 2012 para que o Congresso Nacional aprove uma lei específica e os novos critérios para partilha dos recursos do FPE.

- Resta-nos, portanto, pouco mais de um ano para dar cabo de uma tarefa de grande magnitude e de grande impacto na distribuição das riquezas do país - alertou.

O senador disse que apesar das dificuldades a questão tem avançado e ressaltou o trabalho realizado, entre março de 2010 e março de 2011, pelo Grupo de Trabalho Especial vinculado ao Conselho Nacional de Política Monetária (Confaz). Ele assinalou que o relatório produzido pelo grupo traz uma proposta para a partilha dos recursos do FPE que leva em conta uma série de indicadores econômicos, sociais e ambientais na definição da parcela devida a cada unidade da Federação.

Jorge Viana lembrou que o relatório do grupo serviu de base para o projeto (PLS 289/2011) que os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Romero Jucá (PMDB-RR) apresentaram. Os autores, disse o senador, ainda acrescentaram o critério "saneamento básico" entre os índices propostos. Em sua avaliação, a reformulação dos critérios corrige as distorções distributivas, que vem sendo aprofundadas nos últimos 20 anos.

- O que precisamos entender e aceitar é o fato de que, se um estado passa, pelos novos critérios, a receber menos do que recebia, isso se dá em virtude do advento de uma nova realidade socioeconômica; se um recebe menos, outro recebe mais; e esse outro, que teve sua participação aumentada, fez jus a esse aumento pelo simples fato de que, pelos critérios mais justos e mais abrangentes que se pretende adotar, mostrou-se que ele precisa mais desses recursos para promover seu desenvolvimento - argumentou.



01/11/2011

Agência Senado


Artigos Relacionados


Jorge Viana manifesta confiança em comissão criada para discutir pacto federativo

Anibal Diniz pede urgência na definição de novo pacto federativo

Jayme Campos aponta urgência na reforma tributária e pede revisão do pacto federativo

Jorge Viana alerta para o agravamento da cheia no Rio Madeira

Jorge Viana alerta para situação de refugiados haitianos no Acre

Jorge Viana alerta para previsão de aumento de temperaturas no Brasil e América do Sul