José Agripino: "Eleitor deu seu recado: quer promessas cumpridas e não aceita radicalização"



O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou da tribuna nesta quarta-feira (3) que o eleitor passou nas urnas "alguns recados", que devem ser examinados pelos políticos, especialmente pelo governo federal. O primeiro recado: a população quer o cumprimento das promessas de campanha eleitoral, como a criação de empregos e o fim da corrupção. Segundo recado, conforme Agripino: o eleitor não aceita radicalização e está se dirigindo para o centro político.

- O PT perdeu a Prefeitura de São Paulo por causa da federalização da campanha por parte do Palácio do Planalto. Perdeu por causa da promessa de 10 milhões de empregos e da manutenção dos juros em nível escorchante. Perdeu por causa da radicalização - afirmou. Para ele, o fato de nenhum partido ter obtido mais que 18% dos votos é uma comprovação de que o eleitor "procura o caminho do centro".

Outro recado da urnas, continuou José Agripino, foi dirigido ao PT.

- O eleitor não aceitou que alguém que se dizia guardião da moral e do padrão ético tenha se envolvido em casos como o do Waldomiro - referindo-se ao ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, flagrado quando negociava com um empresário da área de jogos de azar.

O líder disse que o seu partido, o PFL, "está se reciclando" com o resultado das eleições municipais de outubro e propôs que o Congresso resolva de vez o problema da verticalização nas eleições - coligações estaduais teriam de obedecer as coligações dos partidos para lançamento de candidatos à Presidência da República.

- O PFL se propõe a colocar na mesa as interpretações para a verticalização, visando as eleições de 2006 - declarou.



03/11/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Agripino acusa Lula de ignorar promessas não cumpridas

Heráclito: promessas feitas aos piauienses não são cumpridas

César Borges ataca Lula por promessas não cumpridas

Alvaro Dias: promessas não cumpridas derrubam popularidade de Lula

Flexa Ribeiro mostra promessas não cumpridas pelo governo

Arthur Virgílio: "Promessas não cumpridas ameaçam Brasil com desobediência civil"