JOSÉ JORGE ALERTA PARA O PROBLEMA DA SECA E COBRA PROVIDÊNCIAS
A seca é o bug do milênio do nordestino e isso é inadmissível. A afirmação é do senador José Jorge (PFL-PE) ao classificar de criminosa a idéia de que a região Nordeste é inviável e cobrar mais atenção dos ministros Ovídio De Angeles, de Políticas Regionais, e Pedro Parente, do Planejamento e Gestão, para a seca que atinge a região metropolitana do Recife, com 14 municípios e três milhões de habitantes. - Para se ter uma idéia da calamidade, nunca em tempo algum a região metropolitana do Recife tinha sido tão duramente atingida como agora. A seca, antes restrita ao agreste e ao sertão, alastrou-se para o litoral, e o abastecimento na capital apresenta números alarmantes: para uma necessidade de 14 metros cúbicos por segundo, quando em uma situação normal, o sistema de abastecimento disponibiliza dez metros cúbicos por segundo - observou o senador.José Jorge explicou que o abastecimento de água sempre foi deficiente e apenas dois projetos de grande porte foram implantados nos últimos 30 anos naquela região: o sistema Tapacurá e o sistema Botafogo. "Hoje, a situação é dramática. Tapacurá acumula apenas 2,47% de seu volume, enquanto que Botafogo acumula 5,85% da capacidade total de seus reservatórios", informou o senador.Apesar das dificuldades, José Jorge elogiou o esforço do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, para tentar resolver o problema com a construção de uma adutora no rio Arataca, outra adutora no rio Ipojuca, a perfuração de 40 poços de alta vazão, a retomada das obras da barragem e do sistema de abastecimento do rio Pirapama e estudos para utilização de dessalinizadores gigantes para aproveitamento de água do mar e da atual barragem de contenção do Carpina.O senador disse ainda que os gabinetes técnicos dos ministérios estão munidos de projetos e inteiramente informados da situação de calamidade e de suas conseqüências. "A orientação do presidente da República sinaliza para a priorização do assunto. Resta acelerar as providências", concluiu José Jorge.
03/05/1999
Agência Senado
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