José Jorge defende política estratégica para setor sucroalcooleiro



Em pronunciamento nesta quarta-feira (30), o senador José Jorge (PFL-PE) defendeu a elaboração, pelo governo federal, de uma política estratégica para o setor sucroalcooleiro. Ele destacou que a atividade é grande geradora de empregos, alternativa estratégica para a matriz energética e ambientalmente sustentável, além de gerar divisas para o país.

O representante pernambucano defendeu uma série de medidas para o setor. Pediu a abertura de novos mercados de exportação de álcool carburante; a quebra de barreiras protecionistas para o açúcar brasileiro, principalmente nos mercados europeu e americano; mais investimentos na co-geração de energia a partir da biomassa da cana-de-açúcar; o pagamento de subsídio de equalização aos estados que possuem baixa produtividade, principalmente os das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; o apoio ao crescimento do mercado interno de veículos a álcool e veículos com motores flexíveis; e a implantação de um programa de biocombustíveis, com a mistura do álcool no óleo diesel, como hoje há ocorre na gasolina.

O parlamentar destacou diversos aspectos da cultura de cana-de-açúcar, da qual o Brasil é hoje o maior produtor, com 290 milhões de toneladas por ano. Também é o maior produtor mundial de álcool, com 12,6 bilhões de litros anuais. Na última safra, produziu 37,69 % de todo o álcool feito no mundo. O Brasil também é líder na produção de açúcar, com média de 20,2 milhões de toneladas por ano. Na última safra atingiu 14,5% de todo o açúcar produzido no planeta.

A agroindústria sucroalcooleira, acrescentou o senador, é responsável pela geração de 1 milhão de empregos no Brasil. O investimento médio por emprego no setor é de US$ 12 mil, contra US$ 91 mil na indústria de autopeças, por exemplo. O salário do setor é o melhor na área agrícola brasileira. Para cada emprego gerado na cultura de soja há seis empregos na cultura da cana-de-açúcar.

O parlamentar do PFL destacou ainda que o consumo do álcool carburante no Brasil - seja puro ou misturado à gasolina - evita a importação de US$ 2 bilhões em petróleo. José Jorge acrescentou que, nos últimos anos, a exportação de álcool gerou superávit na balança comercial, sinalizando uma tendência para que o país se torne um significativo exportador do produto.



30/07/2003

Agência Senado


Artigos Relacionados


Setor sucroalcooleiro terá política estratégica

José Jorge defende política objetiva para o gás

JOSÉ JORGE DEFENDE RENOVAÇÃO DO ACORDO NO SETOR AUTOMOTIVO

José Jorge cobra novo modelo para o setor elétrico

José Jorge pede marco regulatório para setor de saneamento

José Jorge critica propostas do governo para alterar setor de educação