José Jorge denuncia perseguição a funcionários do BNB



O senador José Jorge (PFL-PE) denunciou nesta terça-feira (9) a perseguição de que estão sendo vítimas cinco funcionários da área de tecnologia do Banco do Nordeste (BNB) por terem revelado à inspeção do Tribunal de Contas da União (TCU) irregularidades no contrato firmado entre o BNB e a Cobra Tecnologia, empresa vinculada ao Banco do Brasil. Os funcionários foram afastados por terem prestado as informações solicitadas pelo tribunal.

José Jorge disse que, "entre inúmeras irregularidades", o que mais chamava atenção no contrato era a falta de licitação pública para aquisição de um pacote de equipamentos e serviços na área de informática orçado em R$ 129 milhões, "que recebeu por parte do banco o pomposo nome de Solução Global Integradora, que obviamente não quer dizer absolutamente nada", ironizouo senador.

O parlamentar informou que no dia 24 de agosto protocolou junto ao TCU uma representação solicitando a apuração das irregularidades e a anulação do contrato. O TCU determinou uma inspeção no BNB, constatando as irregularidades, e o ministro Marcos Vilaça determinou, em caráter cautelar, a suspensão de dois itens do contrato.

- A inspeção apurou que os profissionais da área de informática do BNB haviam produzido um plano diretor para suas atividades, que posteriormente foi copiado sem nenhum pudor pela Cobra Tecnologia e apresentado como a sua "Solução Global Integradora" - disse o senador.

O senador informou que, em seus depoimentos ao TCU, além de outras informações, os funcionários apresentaram a documentação comprobatória de que o plano de informática foi produzido pelos profissionais do próprio BNB, em época anterior à atuação da Cobra. Da documentação apresentada constam o próprio plano e a ata de uma reunião onde havia sido aprovado.

José Jorge disse também que, de acordo com relato da Associação dos Funcionários, uma comissão de sindicância foi instalada e conduzida pelo chefe de gabinete da presidência do BNB, que "em um ato de extrema arbitrariedade", reuniu os funcionários da área de tecnologia e lhes desferiu ataques de cunho moral e profissional.

Dizendo ser inútil apelar aos órgãos federais aos quais o BNB está diretamente vinculado, "pois são inteiramente omissos neste caso", o senador ainda solicitou à Mesa do Senado que tome providências no caso.



09/11/2004

Agência Senado


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