José Jorge protesta contra valor estipulado para repasse de aluno especial



O senador José Jorge (PFL-PE) classificou como grave e estarrecedor o fato de o governo federal, ao regulamentar o Plano de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado aos Portadores de Deficiência (Paed), ter destinado R$ 33,50 como o valor anual a ser repassado por aluno especial. Ele convocou os demais senadores e deputados federais a protestarem, para que a medida seja revertida.

Segundo o senador por Pernambuco, o Paed surgiu quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto que incluía, no cálculo da distribuição dos recursos do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), os alunos portadores de deficiência regularmente matriculados nas Associações de Pais e Amigos de Excepcionais (Apaes) e Sociedades Pestalozzi. José Jorge anunciou que vai apresentar um projeto nos termos do que foi vetado e pediu apoio para sua iniciativa.

O veto ao projeto, informou o senador, repercutiu negativamente e levou o governo a editar a Medida Provisória 139/03, com a promessa de que através do Paed seriam repassados recursos para as entidades assistenciais na mesma proporção prevista no projeto original. Em março, completou o senador, para surpresa e revolta dos dirigentes das Apaes e das Sociedades Pestalozzi, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) estipulou o repasse anual em R$ 33,50, o que corresponde a 6% dos R$ 564,60 repassados pelo Fundef para os alunos matriculados na rede pública.

- Eis aí mais um estelionato do governo Lula, mais uma promessa não cumprida, seguida desta vez de uma atitude visivelmente discriminatória contra os portadores de deficiência. Esta é uma atitude vergonhosa e covarde de um governo que assumiu o compromisso de defender as minorias e transformar o Brasil em um país socialmente mais justo - afirmou José Jorge.

Ao final, o senador leu um documento assinado pela Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais, intitulado -Manifesto de Indignação-, e o editorial -Somos diferentes-, do Jornal da Pestalozzi. Os dois textos expressam o sentimento de decepção com a medida e classificam a forma como o governo conduziu o assunto como discriminatória e desrespeitosa com os alunos atendidos pelas escolas especiais.



21/06/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


JOSÉ JORGE PROTESTA CONTRA CORTE NOS RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO

José Jorge protesta contra contingenciamento de recursos do orçamento para Pernambuco

José Jorge protesta contra declarações de Mercadante e de Ideli

José Jorge protesta contra edição de MP com mudanças no "Provão"

José Jorge protesta contra mudanças nas agências reguladoras

José Jorge aceita votação do IRPF, mas protesta contra exame da Cofins