José Maranhão denuncia sabotagem e destruição de sistemas de água da Paraíba



O senador José Maranhão (PMDB-PB) denunciou em discurso nesta quinta-feira (27) que a atual administração da Paraíba tem permitido o "colapso e a destruição" dos sistemas de armazenamento e distribuição de águas do estado, seja para o abastecimento de pessoas ou para a irrigação. Afirmou que adutoras construídas à época em que foi governador se encontram hoje irrecuperáveis por falta de manutenção, enquanto projetos de irrigação "estão devastados".

A Paraíba, lembrou o senador, depende da regularização artificial dos rios pela transferência de água entre bacias ou pela construção de barragens. Por isso, os sistemas de água são fundamentais para a população. José Maranhão sustentou que o atual governo desmontou o Sistema Estadual de Recursos Hídricos, o que impede o estado de tomar financiamentos para novas obras.

O senador afirmou que o Sistema Adutor do Congo, para levar água a várias cidades e distritos, está com obras paralisadas, apesar de seu governo ter negociado financiamento, comprado e assentado tubulações e iniciado as obras das estações de bombeamento. O Sistema Adutor do Cariri, continuou José Maranhão, concluído em 2002, "sofreu sabotagem" no sistema de automação e o Banco Mundial, que financiou a obra, avaliou que ele se tornou "irrecuperável" por falta de manutenção.

- Todos os sistemas adutores, financiados com recursos estaduais, têm sofrido com o descaso e o despreparo administrativo do atual governo. O que me preocupa é que o abastecimento da população seja sabotado por motivos políticos - manifestou José Maranhão. Ele informou que o Sistema Coremas-Sabugi, o maior da Paraíba, "entrou em colapso".

O senador peemedebista disse ainda que há "absoluto descaso" com as barragens e teme que ocorram tragédias como o rompimento da represa de Camará, no município de Alagoa Nova, em junho de 2004, o que provocou destruição e a morte de cinco pessoas. José Maranhão afirmou também que os distritos de irrigação construídos durante seu governo "estão totalmente devastados", citando o projeto Várzeas de Sousa e o Canal da Redenção, onde foram investidos R$ 110 milhões de verbas federais e estaduais.

27/04/2006

Agência Senado


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