José Nery lê nota do PSOL e divulga Dia Nacional de Lutas



O Diretório Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) aprovou resolução sobre o momento político atual, intitulado "Os trabalhadores não devem pagar a conta da crise". O senador José Nery (PA) leu trechos do documento e conclamou a população, em nome do seu partido, a participar do Dia Nacional de Lutas, marcado para a próxima segunda-feira (30), nas principais cidades do país. O ato público será em defesa do emprego, pelo detalhamento da dívida pública, contra a criminalização dos movimentos sociais e pelo enfrentamento da crise preservando os direitos conquistados pelos trabalhadores, sem utilização de recursos públicos.

No documento, o Diretório Nacional do PSOL assinala que a crise econômica chegou com força ao Brasil e pode ser considerada uma das mais graves da história. Considera que o governo Lula errou ao não prever seus impactos imediatos e por continuar a subestimar seus efeitos. Também cita a onda de desempregos iniciada em dezembro do ano passado, quando 654 mil pessoas perderam seus postos de trabalho. A lentidão na diminuição da taxa de juros pelo Banco Central é criticada pelo partido.

"O governo Lula não se prepara para os impactos da crise com medidas efetivas como a queda substantiva da taxa de juros, a diminuição do superávit primário para ampliar os gastos nas áreas sociais ou um giro na política econômica neoliberal. E trabalha com o falso pressuposto que o país está mais preparado para enfrentá-la e terá reflexos menores que as economias capitalistas centrais. Isso faz com que o modelo econômico neoliberal seja mantido em suas premissas principais como a alta taxa de juros, a dívida pública como corolário de nossa dependência e o câmbio sobrevalorizado", diz o documento do PSOL lido por José Nery.

O PSOL também denuncia a existência de uma ofensiva de criminalização dos movimentos sociais e cita como exemplo a perseguição que o governo do Rio Grande do Sul estaria exercendo sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), inclusive através do fechamento de escolas conveniadas com o movimento. O partido também se diz vítima de ofensiva conservadora. A deputada Luciana Genro estaria sendo atacada pelo PSDB por ter denunciado a existência de corrupção no governo de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul.



25/03/2009

Agência Senado


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