JÚLIO CAMPOS CONDENA DISCRIMINAÇÃO DO TRABALHO FEMININO



"Não são poucas as firmas que exigem de suas candidatas a emprego teste de gravidez e até atestado de laqueadura das trompas". A denúncia é do senador Júlio Campos (PFL-MT), ao observar que, embora tenham feito grandes conquistas na Constituição de 1988, as mulheres brasileiras continuam sofrendo discriminação no mercado de trabalho. Como exemplo, ele disse que a igualdade de oportunidades e a isonomia salarial com os homens, na prática, não acontecem. "Ficam apenas na letra da lei. É preciso pois que as mulheres continuem unidas, lutando para eliminar as desigualdades salariais", pregou o parlamentar.Conforme Júlio Campos, "a discriminação do trabalho feminino continua a ser uma triste realidade não só no Brasil, mas em todo o mundo moderno". Ele informou que, na Europa, as mulheres, além de serem discriminadas pelo sexo, são segregadas também pela nacionalidade. No entender do senador, a globalização aumenta a miséria e o desemprego, provocando, em muitas regiões, verdadeira exclusão social. "E sempre que esse fenômeno ocorre, as mulheres são as mais atingidas", afirmou. Ele apresentou dados da ONU segundo os quais o trabalho executado pelas mulheres corresponde a US$ 11 bilhões, sendo elas responsáveis por dois terços das horas trabalhadas no mundo. Mas recebem apenas 10% da massa salarial e detêm somente 1% da propriedade.Conforme Júlio Campos, o último censo do IBGE, realizado no segundo semestre de 1996, revelou que, no Brasil, existem 2 milhões de mulheres a mais que homens. Mostrou também que aumentou o número de mulheres chefes de família e que diminuiu a taxa de natalidade. Mas, na opinião do parlamentar, apesar de as mulheres terem aumentado a participação no mercado de trabalho e de apresentarem melhor grau de escolaridade, continuam recebendo salários inferiores aos dos homens no desempenho de tarefas iguais.

23/09/1998

Agência Senado


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