JÚNIA MARISE DEFENDE REIVINDICAÇÕES DOS PROFESSORES
Ao ler hoje (3) em plenário a proposta dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais para a negociação da greve com o Ministério da Educação (MEC), a senadora Júnia Marise (PDT-MG) sustentou que isso resultará num impacto financeiro de apenas R$ 800 milhões. Em sua opinião, essa cifra é perfeitamente compatível com a lei orçamentária do MEC para 1998, que prevê R$ 2 bilhões para a correção de carreiras específicas das universidades públicas.
"Esse valor não chega a representar sequer 50% dos recursos orçamentários já previstos", argumentou a senadora, observando que é geral a preocupação com a forma autoritária com que o governo vem enfrentando a greve. Como exemplo desse comportamento, ela observou que o MEC demorou muito tempo para abrir a negociação e ainda enviou para o Legislativo uma medida provisória criando um plano de incentivo à docência, sem discuti-lo previamente com os professores.
Na opinião de Júnia Marise, a privatização das universidades públicas é "uma desconfiança que paira no ar", sobretudo em razão das últimas medidas tomadas pelo governo. Ela voltou a afirmar que os contracheques dos professores universitários variam entre R$ 1,7 mil e R$ 2,2 mil, daí por que entende que a reposição salarial é necessária, a fim de que possa haver um mínimo de equilíbrio.
- Quero conclamar o professor Fernando Henrique Cardoso, que está agora sentado na cadeira de presidente da República, mas que no passado foi um grande defensor da universidade pública, que continue a sê-lo - aconselhou a senadora.
Ela se disse preocupada com a evasão de professores universitários e sustentou que negligenciar essa situação "e se omitir, como está fazendo o MEC, é praticar uma violência contra os maiores centros de excelência de todo o país". Júnia Marise lembrou que, em 1997, o próprio MEC conceituou desta maneira as universidades, em razão do seu desempenho pedagógico e científico.
Em aparte, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) afirmou que a reivindicação dos professores não é por aumento salarial, mas por reposição, pleito semelhante ao que o Senado votou em benefício dos magistrados.03/06/1998
Agência Senado
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