Líderes reunidos decidem votar 22 medidas provisórias



Os parlamentares deverão votar nas próximas sessões do Congresso 22 medidas provisórias, conforme acordo firmado durante reunião dos líderes partidários do Senado e da Câmara, realizada nesta quarta-feira (dia 7), no gabinete do presidente da Câmara, deputado Michel Temer. Os líderes comprometeram-se a colocar em votação no Plenário as medidas provisórias menos polêmicas, em torno das quais existe consenso entre oposições e partidos que apóiam o governo.

Do total de 71 medidas provisórias, apenas seis foram colocadas no final da pauta de votação, devido à falta de consenso entre os partidos. Participaram do encontro deputados e os senadores Romeu Tuma (PFL-SP), José Roberto Arruda (PSDB-DF), líder do governo no Senado, e Ney Suassuna (PMDB-PB).

Segundo avaliação de Suassuna, a reunião foi positiva, pois permitiu a continuação das votações das medidas provisórias, tema que motivou a convocação extraordinária do Congresso. Para o senador, a decisão evitará o desgaste do Legislativo.

Arruda também considerou válida a decisão dos líderes porque, conforme lembrou, os senadores e deputados estão recebendo vencimentos extras para votar as medidas provisórias.
- A prioridade é a votação das MPs e as brigas políticas relacionadas com as eleições para as novas Mesas devem ser colocadas em segundo plano - opinou Arruda. O acordo entre os líderes, completou, vai melhorar a imagem do Legislativo perante a população.

Os desentendimentos ocorridos na base do governo relacionados com as eleições para as Mesas da Câmara e do Senado já estão sendo superados, segundo Arruda. O líder afirmou que as turbulências dessa natureza são típicas de um regime democrático e que estará empenhado na recomposição da base governista após a escolha dos novos dirigentes do Legislativo.

Brasil rebate medidas canadenses

Na mesma reunião em que foi definida a lista das próximas medidas provisórias a serem apreciadas pelo Congresso, os líderes partidários decidiram que governo e oposição apoiariam requerimento, apresentado pelo PT logo após o encontro, durante a sessão do Congresso, solicitando a interrupção imediata da tramitação de todos os acordos bilaterais entre Brasil e Canadá nas duas Casas.

Os parlamentares querem dar uma resposta à decisão do governo canadense de suspender a importação de carne bovina brasileira, sob a alegação de que o produto estaria contaminado pelo mal da vaca louca.

07/02/2001

Agência Senado


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