Lindberg quer inclusão de reformas no pacto social



O senador Lindberg Cury (PFL-DF) propôs nesta quinta-feira (7), em Plenário, que as negociações em torno de um novo pacto social, propostas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, não se limitem a -temas emergenciais- e incluam questões como as reformas previdenciária, tributária e política.

- Sem essas reformas será difícil a governabilidade, e o pacto deve ser o início de um consenso para a retomada do crescimento econômico do país - afirmou.

Lindberg elogiou a iniciativa de Lula de chamar para o diálogo vários setores da sociedade brasileira. Na opinião do senador, todos devem empenhar-se, neste momento, em abrir caminho para a governabilidade: os empresários deveriam evitar reajustes de preços e os trabalhadores, abrir mão de reajustes salariais.

O senador abriu uma exceção apenas para o salário mínimo, cujo valor classificou como -muito defasado-. Ele disse que a dívida do poder público com a população é muito grande e lamentou que, de acordo com levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas, quase 50 milhões de brasileiros estejam em situação de indigência.

- É uma vergonha para um país continental, de terras férteis e a décima economia do planeta. Precisamos mudar esse triste quadro, dar condições a essas pessoas de conquistarem uma cidadania e mudar o futuro do nosso país - disse Lindberg.

Além da indigência, o desemprego, na opinião do senador, deveria ser combatido com prioridade pelo novo governo. Para Lindberg, o presidente eleito deveria incentivar o setor produtivo e reduzir o chamado custo Brasil , conjunto de entraves legais, tributários e de infra-estrutura que estariam reduzindo a competitividade dos produtos nacionais.



07/11/2002

Agência Senado


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