Lindbergh Farias diz que alta da inflação não é problema só do Brasil




O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) rebateu nesta terça-feira (12), em Plenário, as acusações da oposição de que a inflação enfrentada agora pelo Brasil teve origem nos gastos do último ano do governo de Luís Inácio Lula da Silva. Para o senador, que analisava a inflação nos cem primeiros dias do governo da presidente Dilma Roussef, essa alegação "não têm fundamento", já que o problema é enfrentado em todo o mundo.

- Houve uma clara alteração na conjuntura econômica internacional do último período: desvalorização crescente da moeda chinesa, da moeda americana, problema do câmbio e um problema inflacionário no mundo inteiro, com a elevação do preço internacional das commodities.

O senador também falou sobre o aumento na entrada de dólares no país nos últimos meses e disse que o governo acertou ao aumentar o IOF para as compras internacionais com cartões de crédito. Para Lindbergh Farias, o quadro econômico, de fato, preocupa e deve ser enfrentado com firmeza. O senador disse ter convicção de que o governo dará a melhor condução possível ao enfrentamento do problema.

-Tenho convicção de que a presidenta Dilma, com muita calma, paciência, persistência, vai colocar o Brasil para crescer no limite. Qual é o limite? A responsabilidade no combate à inflação - afirmou.

Qualidade do debate

Na opinião de Lindbergh Farias, o debate no Senado tem de ser mais profundo que a simples disputa entre situação e oposição. Citando a votação do salário mínimo ocorrida em fevereiro e artigo recente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o papel da oposição o senador afirmou que os oposicionistas precisam ter posições mais firmes.

- Na votação do salário mínimo, a oposição, nos corredores, discutia com a gente uma tese de que esse plano de recuperação do salário mínimo não era sustentável a longo prazo. Na hora de vir para o Plenário, em vez de assumir aquela que seria a posição correta, de responsabilidade fiscal, de preocupação com a inflação, tentaram ocupar um espaço que era nosso em relação às Centrais Sindicais, ao movimento sindical - argumentou.



12/04/2011

Agência Senado


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