Lobão defende acordo entre Brasil e EUA para utilização de base em Alcântara
Para Lobão, o centro não pode ser desperdiçado nem subutilizado e tem grande potencial comercial na venda de serviços na área de lançamento de satélites. Mas o senador acredita que é preciso chegar a um acordo razoável em relação a algumas condições impostas pelo governo americano para utilização do local, que dizem respeito à soberania nacional.
Entre os pontos que precisam ser melhor negociados com o governo americano, Lobão destacou a obrigatoriedade de que toda a documentação técnica necessária para a operacionalização do Centro seja avaliada pelo governo dos Estados Unidos.
- Essa é uma imposição muito séria. Pode, inclusive, ser um fator impeditivo para consecução de negócios. Nenhum investidor de qualquer país soberano iria admitir que seus planos e tecnologias fossem devassados por técnicos e peritos norte-americanos - afirmou.
Outro item polêmico, segundo o senador, é o que proíbe a utilização dos recursos obtidos a partir da utilização americana do centro para pesquisa e desenvolvimento de qualquer veículo aéreo não tripulado. Lobão acredita que o temor do governo americano seja de que o Brasil possa construir o Veículo Lançador de Satélite (VLS), mas, de acordo com o senador, o lucro conseguido com o negócio, de no máximo R$ 200 milhões, segundo previsão da Infraero, representa verba insuficiente para desenvolver o VLS.
13/06/2001
Agência Senado
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