Lojas do Rio ignoram lei que restringe venda de armas



Lojas do Rio ignoram lei que restringe venda de armas

A lojas do Rio não cumprem nenhuma das novas exigências estabelecidas pela lei que restringiu a venda de armas no estado. Em vigor desde 22 de outubro, a nova lei determina que os compradores apresentem declarações de boa conduta e justifiquem a necessidade de ter uma arma, mas nenhum desses documentos foi exigido nas lojas percorridas por repórteres do "Globo".

Mesmo a legislação anterior, menos rigorosa, é burlada: em uma grande loja, o vendedor indica o médico que vende por R$ 50 o atestado de sanidade mental e dá o endereço de um curso que, por mais R$ 50, considera o comprador apto a usar uma arma depois de 20 minutos de treino.

Levantamento feito pelo Iser/Viva Rio confirma a suspeita de que as armas exportadas para o Paraguai voltam clandestinamente ao Rio: os maiores índices de assassinatos no estado coincidem com o aumento das exportações para o país vizinho. (pág. 1 e 14)


  • O presidente legítimo do Afeganistão, Burhanuddin Rabbani, deposto pelo Talibã em 1996, retornou ontem a Cabul, enquanto a Aliança do Norte pedia a retirada de militares britânicos da capital. Com a manobra, a organização procura reforçar sua posição na luta pelo poder.

    Rabbani disse que formará um governo de base ampla, mas condicionou as negociações à "seriedade dos afegãos e da ONU". Francesc Vendrell, enviado da ONU, chegou ontem a Cabul para tentar convencer a Aliança a realizar uma conferência das facções afegãs em terreno neutro. O Talibã reconheceu a morte de Mohammed Atef, chefe militar e braço direito de Bin Laden. (pág. 1 e 36)


  • A alta do dólar, que tanto preocupou os brasileiros recentemente, teve seu lado positivo: o aumento das exportações, que abriu caminho para a melhoria das contas externas do País. Com isso, economistas já enxergam 2002 com otimismo, o que fez o dólar começar a ceder. (pág. 1 e 27)


  • A Cedae e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente estão divergindo sobre o mau cheiro na água que abastece o Rio. O diretor de Produção da companhia, Flávio Guedes, descartou a presença de algas na água tratada, contrariando laudo da Feema que foi confirmado ontem pelo secretário André Corrêa. (pág. 1 e 15)


  • Quando conseguir acabar com a greve que expôs a crise do sistema universitário, o Ministério da Educação (MEC) começará a trabalhar em alterações profundas na administração das universidades federais e na estrutura da carreira dos professores.

    Pressionado, o Governo decidiu retomar a discussão sobre a autonomia universitária, abandonada no Congresso desde 1997. Uma das propostas que o MEC pretende implementar é dar progressivamente autonomia para as universidades que forem aumentando o número de vagas, de cursos, de programas de extensão e pós-graduação e os investimentos em pesquisa. (...) (pág. 3)


  • A incorporação das gratificações ao salário-base, uma das principais reivindicações do Sindicato Nacional dos Docentes em Ensino Superior (Andes) durante a greve, não saiu este ano por falta de dinheiro, segundo o Ministério da Educação. Mas poderá ser discutida para ser implantada em 2003, depois do ano eleitoral, quando o Governo não pode autorizar despesas extras.

    Mas outra proposta levantada numa reunião na semana passada entre ministro Paulo Renato Souza e notáveis do mundo acadêmico se põe ao que reivindica o sindicato: a gratificação por desempenho que acaba com a isonomia salarial para professores com o mesmo cargo, titulação e carga horária.

    Pela proposta, os salários se diferenciariam de acordo com a avaliação de cada professor. O MEC também criará uma comissão para estudar a mudança na carreira dos docentes. (...) (pág. 3)


  • Relator da ONU, Paulo Sérgio Pinheiro assume a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos priorizando uma mudança na legislação.

    O objetivo é permitir que o Governo chame para a esfera federal a investigação e o julgamento de crimes contra os direitos humanos nos estados. O projeto faz parte da reforma do Judiciário e, para ele, reduzirá a impunidade. (pág. 2 e 8)


  • A crise reduziu o número de empresas que reajustaram os salários acima da inflação: de 36%, em 2000, para 18% em 2001. Segundo pesquisa feita pela KPMG no eixo Rio-São Paulo, só 48% das empresas vão dar bônus de fim de ano aos seus empregados, bem menos do que as 57% que ano passado distribuíram entre um e dois salários aos funcionários. (pág. 2 e 28)


  • Consulta a 30 colégios particulares indica que 40% vão aumentar as mensalidades entre 7,5% e 12%. Nos outros, o reajuste será menor que a inflação prevista para este ano pelo IPCA, que é de 6,8%.

    A associação de pais considera aceitável um aumento em torno de 6%, mas o sindicato dos estabelecimentos calcula que o índice médio de reajuste ficará entre 10% e 13%. (pág. 2 e 34)


  • Comissão de Apuração dos Votos do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí decide hoje se e quando o senador Hugo Napoleão (PFL) será empossado no governo do estado. Ele substituiria o ex-governador Francisco de Assis de Moraes Sousa, o Mão Santa (PMDB), que, juntamente com o seu vice, Osmar Júnior (PCdoB), foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder econômico nas eleições de 1998.


  • Começa amanhã a terceira assembléia geral da Conferência Parlamentar das Américas (Copa), que vai reunir no Rio cerca de 310 parlamentares de 25 países. Serão temas do debate os problemas ambientais, a erradicação da pobreza e do trabalho infantil, os direitos humanos e o combate ao narcotráfico. (pág. 5)


  • Com diretórios instalados em todos os municípios do País, o PMDB caminha para um salve-se quem puder na sucessão presidencial. Enquanto seus vários grupos se digladiam internamente sobre qual a melhor alternativa para a sucessão presidencial, os aliados do PSDB e do PFL estão só esperando para saber com quantos pedaços cada um deles vai ficar. Até os candidatos de oposição podem ficar com um naco do PMDB. (...) (pág. 5)



    EDITORIAL

    "Para comemorar" - O Brasil deve gerar no ano que vem um superávit de US$ 20 bilhões somente considerando exportações e importações do setor de agronegócios. A previsão é do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes. E não se trata de otimismo exagerado, pois em 2001 o saldo comercial proporcionado pelo setor já será da ordem de US$ 18 bilhões. (...) (pág. 6)



    COLUNAS

    (Panorama Político - Tereza Cruvinel) - Um dos projetos polêmicos que estão na pauta da Câmara para esta semana é o que institui a impressão do voto, já aprovado pelo Senado. A providência é reclamada pelos que suspeitam da urna eletrônica e condenada por seus defensores, mas será melhor adotá-la preventivamente do que deparar-se o País com alguma dúvida sobre a lisura de um pleito tão importante como o de 2002. (...) (pág. 2)


    (Ancelmo Gois) - Além do caso da cantora mexicana Gloria Trevi, o ministro Aloysio Nunes Ferreira tem que desarmar nos próximos dias uma outra bomba.

    O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, vai procurá-lo irritado com uma decisão que o Cade acaba de tomar.

    O órgão incluiu em suas atribuições a responsabilidade por julgar fusões e incorporações no mercado financeiro.

    No Ministério da Fazenda fala-se em pedir a FH que edite uma medida provisória deixando claro o papel do Banco Central nesse sentido. (pág. 16)




    11/18/2001


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