Lojas do Rio ignoram lei que restringe venda de armas
A lojas do Rio não cumprem nenhuma das novas exigências estabelecidas pela lei que restringiu a venda de armas no estado. Em vigor desde 22 de outubro, a nova lei determina que os compradores apresentem declarações de boa conduta e justifiquem a necessidade de ter uma arma, mas nenhum desses documentos foi exigido nas lojas percorridas por repórteres do "Globo".
Mesmo a legislação anterior, menos rigorosa, é burlada: em uma grande loja, o vendedor indica o médico que vende por R$ 50 o atestado de sanidade mental e dá o endereço de um curso que, por mais R$ 50, considera o comprador apto a usar uma arma depois de 20 minutos de treino.
Levantamento feito pelo Iser/Viva Rio confirma a suspeita de que as armas exportadas para o Paraguai voltam clandestinamente ao Rio: os maiores índices de assassinatos no estado coincidem com o aumento das exportações para o país vizinho. (pág. 1 e 14)
Rabbani disse que formará um governo de base ampla, mas condicionou as negociações à "seriedade dos afegãos e da ONU". Francesc Vendrell, enviado da ONU, chegou ontem a Cabul para tentar convencer a Aliança a realizar uma conferência das facções afegãs em terreno neutro. O Talibã reconheceu a morte de Mohammed Atef, chefe militar e braço direito de Bin Laden. (pág. 1 e 36)
Pressionado, o Governo decidiu retomar a discussão sobre a autonomia universitária, abandonada no Congresso desde 1997. Uma das propostas que o MEC pretende implementar é dar progressivamente autonomia para as universidades que forem aumentando o número de vagas, de cursos, de programas de extensão e pós-graduação e os investimentos em pesquisa. (...) (pág. 3)
Mas outra proposta levantada numa reunião na semana passada entre ministro Paulo Renato Souza e notáveis do mundo acadêmico se põe ao que reivindica o sindicato: a gratificação por desempenho que acaba com a isonomia salarial para professores com o mesmo cargo, titulação e carga horária.
Pela proposta, os salários se diferenciariam de acordo com a avaliação de cada professor. O MEC também criará uma comissão para estudar a mudança na carreira dos docentes. (...) (pág. 3)
O objetivo é permitir que o Governo chame para a esfera federal a investigação e o julgamento de crimes contra os direitos humanos nos estados. O projeto faz parte da reforma do Judiciário e, para ele, reduzirá a impunidade. (pág. 2 e 8)
A associação de pais considera aceitável um aumento em torno de 6%, mas o sindicato dos estabelecimentos calcula que o índice médio de reajuste ficará entre 10% e 13%. (pág. 2 e 34)
EDITORIAL
"Para comemorar" - O Brasil deve gerar no ano que vem um superávit de US$ 20 bilhões somente considerando exportações e importações do setor de agronegócios. A previsão é do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes. E não se trata de otimismo exagerado, pois em 2001 o saldo comercial proporcionado pelo setor já será da ordem de US$ 18 bilhões. (...) (pág. 6)
COLUNAS
(Panorama Político - Tereza Cruvinel) - Um dos projetos polêmicos que estão na pauta da Câmara para esta semana é o que institui a impressão do voto, já aprovado pelo Senado. A providência é reclamada pelos que suspeitam da urna eletrônica e condenada por seus defensores, mas será melhor adotá-la preventivamente do que deparar-se o País com alguma dúvida sobre a lisura de um pleito tão importante como o de 2002. (...) (pág. 2)
(Ancelmo Gois) - Além do caso da cantora mexicana Gloria Trevi, o ministro Aloysio Nunes Ferreira tem que desarmar nos próximos dias uma outra bomba.
O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, vai procurá-lo irritado com uma decisão que o Cade acaba de tomar.
O órgão incluiu em suas atribuições a responsabilidade por julgar fusões e incorporações no mercado financeiro.
No Ministério da Fazenda fala-se em pedir a FH que edite uma medida provisória deixando claro o papel do Banco Central nesse sentido. (pág. 16)
11/18/2001
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