Lúcia Vânia defende a continuidade do Peti
A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) manifestou sua inconformidade com a decisão do ministro especial de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, de repassar os recursos destinados ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) para o programa Bolsa-Família, por entender que este último é mais abrangente.
- O governo Lula não entendeu as diferenças entre os programas sociais implantados no país. O Peti não é uma bolsa, é um programa integrado com parcerias amplas com os sindicatos de trabalhadores e de empresários, com governos municipais e estaduais para retirar a criança do trabalho degradante, reintegrá-la às salas de aula, restaurando sua auto-estima e dando apoio psicológico às famílias - explicou.
Segundo Lúcia Vânia, a experiência internacional demonstra que o simples repasse de uma quantia à família do trabalhador infantil não fará com que ele abandone o emprego. Sem parceria com os sindicatos, empresários, escola e família, o menor não mudará de vida, por ter dificuldades de se integrar à escola, onde precisará de aulas de reforço para poder acompanhar a turma, argumentou.
Para a senadora, o governo Luiz Inácio Lula da Silva não tem o direito de macular um programa que conseguiu retirar de trabalho degradante e cruel toda uma geração de crianças que tiveram restaurados seus direitos à escola e às brincadeiras de sua idade.
Lúcia Vânia admitiu que ainda há muito a fazer para erradicar completamente o trabalho infantil no país, mas afirmou que o PSDB não pode aceitar que uma estrutura já consolidada como a do Peti seja colocada "na vala comum" de todos os programas sociais do governo, por incompreensão ou "falta de sensibilidade sobre sua natureza ímpar e valiosa".
11/02/2004
Agência Senado
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