Luiz Otávio defende cultura do dendê como atividade de reflorestamento
Com base em pesquisa desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) intitulada "O Dendezeiro como Planta de Reflorestamento Produtivo", o senador Luiz Otávio (PPB-PA) cobrou das autoridades competentes que a cultura do dendê seja considerada atividade de reflorestamento. O objetivo é estender a essa cultura os incentivos estabelecidos em lei, em especial no Código Florestal de 1965, segundo o qual a prática do reflorestamento é beneficiada com deduções fiscais, de acordo com termos definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O senador declarou que a pesquisa divulgada recentemente pela Embrapa não o surpreendeu. Ele lembrou que, há dois anos, durante seminário internacional realizado em Belém, foi redigido um documento reivindicatório denominado "Agenda Única da Dendeicultura no Brasil". No terceiro dos oito pontos aprovados durante o encontro, considerou-se a cultura do dendê como atividade de reflorestamento.
Luiz Otávio afirmou que o dendê é um produto cada vez mais importante na economia paraense e mundial e é um alimento sadio, uma vez que, no seu cultivo, pelo menos no Brasil, não se costuma utilizar fertilizante ou qualquer agente químico. Além disso, observou o senador, o dendê é rico em vitaminas A e E, sendo recomendado como complemento nutritivo pela FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação - e pode ser consumido como óleo refinado ou margarina, substituindo a manteiga de cacau na produção do chocolate.
Ainda de acordo com Luiz Otávio, a utilização do dendê não se restringe à indústria alimentícia. O óleo do fruto é excelente combustível, semelhante ao diesel, podendo inclusive substituí-lo. É, igualmente, utilizado na produção de sabões, detergentes, tintas e vernizes e em produtos de luxo, como cosméticos e sabonetes finos.
Em rendimento econômico, a cultura do dendê, segundo dados do senador Luiz Otávio, possui vantagem em relação à de outras oleaginosas. A palma do dendê chega a render cinco toneladas de óleo por hectare plantado, contra três toneladas da de coco, uma tonelada da de amendoim e de girassol e apenas meia tonelada de soja.
Os maiores produtores mundiais de dendê são a Malásia, responsável por mais de 50% da produção mundial, e a Indonésia. Mas somente o estado do Pará, conforme informou o senador, possui, em terras favoráveis para o cultivo, o dobro da área que a Malásia hoje utiliza. Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Tocantins, Bahia e Amapá também têm terras propícias a esse cultivo.
Para Luiz Otávio, o incentivo à cultura do dendê trará duas vantagens que não podem ser ignoradas nos dias atuais: a fixação do homem no campo e a obtenção de grandes divisas com a exportação.
30/10/2002
Agência Senado
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