Lula sobe e abre 25 pontos sobre Serra








- Lula sobe e abre 25 pontos sobre Serra

- O petista Luiz Inácio Lula da Silva subiu quatro pontos percentuais em pesquisa Datafolha e atingiu 44% das intenções de voto para presidente, seu maior índice desde dezembro.

Na semana em que acirrou os ataques a Lula, José Serra (PSDB) oscilou negativamente dois pontos e está com 19%.

Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, Serra está no limite do empate técnico com Anthony Garotinho (PSB), que tem 15%. Garotinho, por sua vez, está empatado com Ciro Gomes (PPS), que oscilou negativamente dois pontos, ficando com 13%.

Na pesquisa, feita na quinta e na sexta, Serra lidera em rejeição. Dos entrevistados, 34% dizem que não votariam no tucano, três pontos a mais do que em 9 de setembro, sete a mais do que em 30 de agosto.

Lula tem 48% dos votos válidos - excluindo brancos e nulos e distribuindo indecisos proporcionalmente às intenções de voto. Está a dois pontos da vitória no primeiro turno, que atingirá se obtiver metade mais um dos votos válidos.

Serra caiu e Lula subiu entre mulheres, segmento em que o petista sempre encontrou maior resistência. (pág. 1 e cad. Especial)

- Ações contra a Telemar congestionam os juizados especiais cíveis da Baixada Fluminense. Para juízes da região, é indício de que a empresa não atingiu as metas de universalização nas áreas carentes.

A Anatel, porém, a autorizou a operar telefonia local no País todo, fazer ligações interurbanas, DDI e por celular. A Telemar vê problemas pontuais.

Um ano atrás, a Telefônica anunciou antecipação das metas de universalização em São Paulo. Usuários de Guarulhos reclamaram das linhas. (pág. 1 e B1)

- O empresário de transportes Romero Teixeira Niquini, em seis meses, ficou com quase R$ 70 milhões em contratos para serviços de limpeza em duas capitais administradas pelo PT, informam Chico de Gois e Roberto Cosso.

O presidente de empresas de seu grupo é Willian Ali Chaim, ex-assessor do presidente nacional do PT, deputado José Dirceu.

Em 1998, Niquini declarou não ter patrimônio. No ano passado, seus bens somavam mais de R$ 4 milhões.

Procurados pela "Folha", Niquini e Chaim não quiseram falar sobre o assunto. (pág. 1 e A11)

- De 1991 a 2000, a população que vive nas áreas de exclusão social em São Paulo teve um acréscimo de 1,1 milhão de habitantes, ou mais do que a população de Goiânia. Em 2000, 85,9% dos paulistanos habitavam regiões que não tinham condições sociais satisfatórias. (...) (pág. 1 e C1)

- O FMI concluiu uma reforma radical no departamento responsável pelas economias da América Latina. Alguns dos técnicos mais rígidos da instituição foram designados para negociar com os governos do Brasil e da Argentina.

Como resultado, espera-se que a próxima equipe econômica brasileira tenha de negociar com um time do FMI ainda mais severo que o atual em termos de ajuste fiscal, política monetária e controle inflacionário. (pág. 1 e B7)

- Apesar da sólida dianteira de Lula, que tem passado incólume pelos ataques tucanos, experts em pesquisa e as cúpulas do PT e do PSDB ainda trabalham com o cenário mais provável de um segundo turno entre Lula e Serra. Mas está na hora de darem bola para Garotinho.

A candidatura Roseana morreu, mas o eleitorado dela continuou perambulando feito alma penada, assombrando Serra/Governo e rejeitando Lula/PT. Depois de se encantar com Roseana, aproximou-se de Garotinho e recuou, migrou para Ciro com o mesmo ímpeto que o abandona e se volta mais uma vez para Garotinho. Daí o desempenho dele no Datafolha de hoje. (Eliane Catanhêde) (pág. A2)


Colunistas

PAINEL

FHC acha que Serra deveria fazer uma campanha mais propositiva na TV. Já na terça, quando a propaganda do tucano começou o que seus marqueteiros chamaram de "início do segundo turno", FHC havia dito a Serra que o bombardeio a Lula poderia não ter o efeito esperado.

  • O "analista político" Beto 45, que aparece atacando Lula no programa de rádio de Serra, é interpretado pelo publicitário Ruy Rodrigues, sócio de Nizan Guanaes, responsável pelo marketing da campanha tucana. (pág. A4)


    Editorial

    HAVERÁ SEGUNDO TURNO?

    Os resultados da pesquisa Datafolha que este jornal publica hoje inaugurarão uma semana em que a dúvida enunciada acima ganhará total proeminência na discussão de analistas políticos, de agentes do mercado financeiro e da opinião pública, de maneira geral.

    Prosseguiu o movimento de ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva que já fora constatado na pesquisa passada, realizada no dia 9 de setembro. O petista atinge 44% das intenções de voto, contra os 40% que detinha na pesquisa anterior.

    Como os seus adversários somam 48% da preferência, configura-se uma situação, no limite, de empate técnico para definir a chance de Lula tornar-se presidente sem necessidade de segundo turno.

    Na sondagem anterior, a distância entre o petista e o conjunto dos demais presidenciáveis era de 11 pontos percentuais. Caiu, pois, sete pontos. (pág. A2)


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    09/22/2002


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