Magno Malta cobra resposta sobre proposta para diminuir violência



O senador Magno Malta (PL-ES) cobrou do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, uma resposta à proposta formalizada por ele com o objetivo de diminuir a criminalidade no Brasil. A sugestão é distribuir os 60 presos mais perigosos do país nas celas de segurança máxima existentes no Distrito Federal, São Paulo e Acre, monitorados por um sistema eletrônico, informou ele nesta quinta-feira (15).

Para fazer a segurança desses presos, Magno Malta propôs a criação de uma equipe de elite de agentes penitenciários, integrada pelos 300 melhores policiais federais e outros 300 policiais federais que se aposentaram quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou que faria a reforma da Previdência. Estes policiais, ainda segundo a sugestão do senador, receberiam um acréscimo nos seus salários e somente manteriam contato com os presos utilizando capuzes.

- O problema do Brasil não é Fernandinho Beira-Mar, que a cada viagem que faz para trocar de presídio representa um custo de R$ 300 mil. O problema é a corrupção policial, que permite que os presos perigosos continuem gerenciando o crime de dentro das cadeias. Não vamos conseguir diminuir a violência apenas repassando dinheiro para os estados comprarem viaturas e revólveres calibre 38 para a polícia - afirmou Magno Malta.

Na avaliação do senador pelo Espírito Santo, o crescimento da violência no Brasil interfere até na economia. Ele citou como exemplo o fato de o turismo no país estar desaquecido. No ano passado, informou, mesmo com a Argentina enfrentando panelaços e com os bancos fechados, somente Buenos Aires recebeu mais visitantes que todos os estados brasileiros.

Para Magno Malta, o turismo não vai se desenvolver enquanto não for solucionado o problema da violência e não adiantam campanhas orientando as pessoas a tratar bem o turista ou melhorar a infra-estrutura enquanto o Brasil não conseguir demonstrar que o visitante poderá vir ao país em segurança. -Ninguém quer andar no Rio de Janeiro, em São Paulo ou nas praias no Nordeste sabendo que pode ser atingido por uma bala perdida ou correndo o risco de não voltar para casa-, completou.



15/05/2003

Agência Senado


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