Magno Malta propõe 'orçamento de fronteira' para reduzir a violência




Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (25), o senador Magno Malta (PR-ES) sugeriu que a presidente eleita Dilma Rousseff e os governadores eleitos contribuam para formar um "orçamento de fronteira". Para o senador, esse orçamento, associado à nacionalização do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) por meio de radares é a solução para reduzir a violência no país. Isso porque, assinalou, é pelas fronteiras que entram drogas e armamentos, responsáveis pela violência nos grandes centros urbanos.

Magno Malta afirmou que os governos anteriores "não tiveram coragem" de enfrentar o problema da violência na origem. Em sua avaliação, o que está acontecendo no Rio de Janeiro pode ocorrer amanhã no Espírito Santo e no Amapá.

- É o advento das drogas, que ao longo do tempo, não foi tratado com a devida responsabilidade. É preciso tratar o problema com coragem e com responsabilidade - disse ao elogiar a presença do estado do Rio nas favelas, com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Magno Malta elogiou a "forma corajosa" de enfrentamento dos bandidos pelo governador Sérgio Cabral e a colaboração da Marinha e do Exército que, segundo ele, em outras ocasiões, teriam se omitido.

O parlamentar voltou a defendeu a redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos, assinalando que os bandidos, em sua maioria, são menores de 18 anos e têm sido sistematicamente utilizados pelos criminosos maiores de idade, que deles se aproveitam para cometerem seus crimes. Reiterou ainda sua opinião de que o fato de a lei proteger o usuário de drogas não o criminalizando fortalece o tráfico.

O senador foi aparteado pelo colega Valter Pereira (PMDB-MS), que criticou a legislação atual considerando-a "frouxa". Em sua opinião ela dá ao bandido "a quase garantia de que ele não vai cumprir a pena, vai ser liberado".

CPI da Pedofilia

Ainda em seu discurso, Magno Malta (PR-ES) manifestou repulsa pelo ex-juiz do Trabalho, Antônio Carlos Branquinho, acusado de realizar orgias com menores entre 13 e 15 anos em Tefé (AM). O parlamentar comemorou o fato de que, nesse caso, as penas poderão se somar, uma vez que o ex-juiz não somente é acusado de pedofilia, mas também de filmar seus crimes e ter em sua posse o material.



25/11/2010

Agência Senado


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