Magno Malta critica retirada de petição em 'site' Avaaz
O senador Magno Malta (PR-ES) protestou em Plenário nesta terça-feira (12) contra a postura do site internacional de petições Avaaz diante do debate sobre a cassação ou não do registro de psicólogo do pastor Silas Malafaia. O senador acusou o site de antidemocrático e de conduzir as petições de forma a “limpar ou sujar” o nome de quem os interessasse.
Segundo relatou o senador em seu discurso, nas últimas semanas o site sediava uma petição reunindo assinaturas para cassação do registro profissional de Malafaia, por conta de suas polêmicas declarações de que é preciso “reorientar” os homossexuais. Em contrapartida a essa petição, no início do mês, uma outra foi lançada, defendendo a manutenção do registro profissional do pastor.
Magno Malta disse que, quando a petição favorável a que Silas Malafaia mantivesse seu registro profissional alcançou 65.786 assinaturas, mais do que as 55 mil assinaturas reunidas no pedido de cassação do registro, a petição em defesa do pastor foi retirada do ar. A justificativa dada pelo Avaaz ao autor da petição suspensa, divulgada pelo jornalista Reinaldo Azevedo em sua coluna na revista Veja, foi de que a campanha não compactuava com a missão do site e havia sido reprovada pela comunidade que o sustenta.
Para Magno Malta, o responsável pela retirada da petição é o ex-secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, atual diretor de campanhas do Avaaz. O ex-secretário, relembrou o senador, afastou-se do cargo depois de desagradar a presidente Dilma Rousseff ao defender nos jornais o fim das prisões de pequenos traficantes. Abramovay também apareceu em diálogos gravados e divulgados pela imprensa afirmando a seu antecessor no cargo "não aguentar mais” os pedidos da presidente e do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para fazer “dossiês”.
- Ele agora comanda um site que pode jogar as pessoas contra quem ele quiser. Ele comanda um site que pode acabar com a honra alheia, pode te limpar ou te sujar. A campanha no Avaaz só vale se o apoio for às ideias e à bandeira que eles querem, do que o Pedro quer. Isso não é democracia – criticou o senador.
Em aparte, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) também criticou as petições, ressaltando que a população hoje vota contra qualquer político apenas por não acreditar mais na classe. Nesse tipo de campanha, ponderou Requião, deveria haver um espaço para o contraditório, um espaço para que o alvo da petição pudesse se defender.
12/03/2013
Agência Senado
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