Magno Malta protesta contra inclusão de seu nome no relatório da CPI dos Sanguessugas



O senador Magno Malta (PL-ES) voltou a protestar em Plenário, nesta quinta-feira (24), contra sua inclusão na lista de denunciados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas - que apurou irregularidades na compra de ambulâncias com verbas de emendas parlamentares - e a reivindicar amplo direito de defesa junto ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Além de negar, mais uma vez, qualquer envolvimento nesse episódio, Magno Malta disse estar recebendo mensagens de solidariedade de todo o país e sustentou que só Deus teria condições de tirar o seu mandato.

- Com esses ataques nefastos e mentirosos, era para eu estar encolhido. Mas nada me faz calar ou mete medo, porque a verdade está comigo e eu confio em Deus - declarou.

O parlamentar voltou a negar que tenha apresentado emenda ao Orçamento para a compra de ambulâncias superfaturadas à Planam e que conheça o empresário Luiz Antonio Vedoin, dono da empresa. Seu crime teria sido, conforme supôs, não ter a capacidade de adivinhar que a van emprestada a ele em 2003 pelo deputado Lino Rossi - também denunciado pela CPI dos Sanguessugas - tivesse sido dada por Vedoin a Rossi em 2001.

Sem ter sido ouvido pela CPI dos Sanguessugas, Magno Malta disse ter enviado sua defesa por escrito à comissão. O senador pelo Espírito Santo queixou-se, entretanto, que o documento não foi considerado na elaboração do relatório parcial pelo senador Amir Lando (PMDB-RO). Segundo informou, Lando teria ligado para ele, na véspera da apresentação do relatório, e dito estar mais do que convencido de sua inocência.

24/08/2006

Agência Senado


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