MAGUITO PROTESTA CONTRA PRIVATIZAÇÕES EM GOIÁS
O senador Maguito Vilela (PMDB-GO) protestou, nessa sexta-feira (31), contra a decisão do governador do estado, Marcondes Perillo (PSDB), de privatizar as Centrais Elétricas de Goiás (Celg) e a Companhia Saneamento e Esgoto Sanitário (Saneago). O governador, segundo Maguito, já enviou projeto de lei nesse sentido à Assembléia Legislativa do estado.Para Maguito, a política de privatização do governo federal foi uma experiência mal sucedida. Ele disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso "é um homem de princípios sadios, mas foi mal assessorado nessa questão". O senador entende que cabe aos parlamentares impedir que governos estaduais caminhem pela mesma trilha, cometendo os mesmos erros. Ele disse que, como senador, vai se unir a sindicatos e demais setores organizados da sociedade "para impedir essa aberração que o governador pretende fazer em Goiás". No caso de Goiás, afirmou o senador, a privatização dos setores de energia elétrica, água e esgoto se reveste de gravidade maior. - Há suspeita de que o objetivo do governo goiano é usar os recursos da privatização para tentar sair do buraco administrativo em que se meteu, em conseqüência da criação de cargos de confiança para apaniguados políticos, com salários altíssimos. O comprometimento da receita com a folha de pagamento saltou de 62% para 90% em pouco mais de um ano - afirmou.Maguito ressaltou que entregar patrimônio público como as companhias de energia elétrica, água e esgoto, "já seria um erro, porque a iniciativa privada não irá investir nesses setores que demandam, ainda, muitos investimentos, mas fazer isso para cobrir falhas administrativas é crime". Na sua avaliação, o governo de Goiás "demonstra uma insensibilidade inexplicável ao tentar tocar adiante este projeto".O senador afirmou que privatizar esses setores significa desrespeitar a comunidade mais pobre, que aguarda pelo fornecimento de energia elétrica e de água. "A dívida social dos governos é muito grande. Não podemos deixar que a irresponsabilidade de um governante comprometa a qualidade de vida de gerações inteiras que nos sucederão".
31/03/2000
Agência Senado
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