Mão Santa defende "guerra fiscal"



A reforma tributária não pode impor restrições à concessão de benefícios fiscais pelos estados para a atração de indústrias, a chamada -guerra fiscal-. A opinião foi manifestada nesta segunda-feira (26) pelo senador Mão Santa (PMDB-PI), ao registrar ter recebido, junto com o senador Alberto Silva (PMDB-PI), condecoração da Federação das Indústrias do Piauí.

Mão Santa relatou os benefícios para o estado do Piauí trazidos pela instalação de empresas com base em incentivos fiscais. Segundo ele, desde 1995, quando teve início a sua gestão à frente do governo do estado, 249 empresas se instalaram ou ampliaram suas instalações no Piauí. Mão Santa acrescentou que foram, com isso, gerados 14.972 empregos diretos e 57.360 indiretos.

- O significado da guerra fiscal é de uma guerra santa para os estados do Nordeste e do Norte. Só assim foi possível a implantação das indústrias no nosso governo. Se acabar, será um desastre para estas regiões - disse.

O senador aproveitou para criticar a política de juros implementada pelo governo que, segundo ele, inviabiliza os investimentos e a geração de empregos.

- Não sei como os empresários sobrevivem, somente por milagre, por obstinação, por sacerdócio. Além da carga de impostos, das mais severas e perversas, há a taxa de juros, 10 vezes maior que a praticada na Europa, 15 vezes maior que a dos Estados Unidos e 18 vezes maior, comparada com a do Japão - afirmou.



26/05/2003

Agência Senado


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