Mão Santa reafirma necessidade da CPI da Petrobras



O senador Mão Santa (PMDB-PI), voltou a defender, nesta segunda-feira (22), a instalação e o pleno funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, por entender que as denúncias contra a administração da empresa são contundentes. Na avaliação do parlamentar, a demissão, por justa causa, do gerente Geovane de Morais, acusado de desviar recursos da estatal, é o exemplo mais recente de que há um grave descontrole administrativo na companhia.

Segundo matéria do jornal Folha de S.Paulo desta segunda, Morais estourou em quatro vezes o orçamento de sua área (Comunicação do Abastecimento) em 2008, ano de eleições municipais. Ele gastou R$ 120 milhões a mais do que o orçado e entre as empresas beneficiadas estariam duas produtoras de vídeo contratadas para a campanha do governador Jaques Wagner (PT-BA) e de duas prefeitas do PT. Conforme o jornal, as produtoras teriam recebido R$ 4 milhões em 2008. Desse total, R$ 1,5 milhão custearam a filmagem de festas de São João e de carnaval na Bahia. O orçamento de Morais para o ano passado era de R$ 31 milhões, mas os pagamentos atingiram R$ 151 milhões.

- Temos de ter controle sobre o gasto público e a CPI é um controle. A nossa função, entre muitas, como fazer leis boas, é fiscalizar os outros. E a CPI é um instrumento. E não faz mal, não - ponderou Mão Santa, dando como exemplo a CPI dos Correios, presidida pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS).

O senador disse que a Petrobras é uma empresa fundamental para o país, mas algumas de suas práticas não são bem compreendidas pela população. O alto preço dos combustíveis é uma delas, de acordo com o parlamentar, que citou como contraponto a política a estatal petrolífera da Venezuela.



22/06/2009

Agência Senado


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