Marcon critica as falcatruas do governo Federal e defende a soberania nacional
O deputado Dionilso Marcon (PT) criticou hoje (24/05), o descaso do governo federal com o patrimônio público, com a reforma agrária, com o saneamento e com a democracia. "FHC ignora os inúmeros acidentes que têm sofrido a Petrobras, como o da Plataforma 36 e vende o patrimônio público como se fosse um playboy", lamentou o deputado petista, revoltado com as ações do governo federal, que também têm incentivado a violência no campo.
Ele rechaça as manobras do Planalto para impedir a CPI da Corrupção e defende a punição para os responsáveis pelas remessas de verbas para a Suíça e Ilhas Cayman. "Entre 1995 e 1999 foram enviados US$ 124 bilhões para o exterior", constatou Marcon. Ele disse que no relatório parcial da CPI do Narcotráfico ficou comprovado, que anualmente saem do país de forma ilegal US$ 50 bilhões, sendo que 50% desse dinheiro são obtidos pelo comércio de entorpecentes. "Por que o governo federal não investiga os titulares das contas dos paraísos fiscais", indagou Marcon.
Tanto na campanha de 1994, quanto na de 1998 - lembrou Marcon - FHC foi agraciado com somas consideráveis, sem que tenham sido registradas na Justiça Eleitoral. "O governo FHC está se especializando em colecionar escândalos", ironizou o deputado petista, assinalando o desvio dos R$ 169 milhões do Tribunal do Trabalho de São Paulo. "O juiz Nicolau ficou com R$ 8 milhões e o troco de R$ 161 milhões teriam sido administrados pela empresa do ex-senador Luís Estevão, coordenador da campanha de FHC em Brasília".
"As fraudes são de toda ordem, como as do Fundo de Investimentos da Amazônia, da SUDAM, incentivos ou renúncias fiscais, liberação de verbas sem observar a lei dos precatórios, desvio na apropriação de rendimentos de aplicações financeiras do Banpará" ilustrou o parlamentar. Marcon defendeu, ainda, o fim do pagamento da dívida externa, a reforma agrária, uma política agrícola que atenda os pequenos agricultores e uma política de geração de trabalho. E disse que para reverter este quadro, a população precisa ir às ruas demonstrar o seu protesto.
05/24/2001
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