Marcon crítica programa do governo federal
O deputado Dionilso Marcon (PT) considera o programa Acesso Direto à Terra mais uma tentativa do governo federal de desmobilizar o MST. Para o parlamentar, o cadastramento das famílias de sem-terra, através do correio ou da internet, revela total desconhecimento da situação que impera no campo e desprezo pela organização dos trabalhadores. “O programa do governo FHC é um deboche. A verdadeira intenção não é democratizar a terra, mas fazer sucesso na mídia”, critica.
O método equivocado de cadastramento é, na opinião de Marcon, responsável pelo baixo índice de adesões. Segundo ele, há no Brasil 4,5 milhões de sem-terra, mas apenas 105 mil se inscreveram no programa federal. No Rio Grande do Sul, foram menos de 2 mil inscrições. “A pouca adesão mostra que o povo não é bobo e sabe que o governo FHC não quer fazer a reforma agrária, mas dar show de marketing”, enfatiza, garantindo que o MST irá continuar as mobilizações no País. “A história mostra que só a pressão e as ocupações garantem a democratização da terra”, acredita.
Marcon ressalta ainda o esforço do governo estadual para promover a reforma agrária no Rio Grande do Sul. “Reforma Agrária se faz com programas sérios. Em dois anos apenas, já assentamos três vezes mais do que os governos dos últimos 20 anos juntos”, salienta, lembrando que a atual administração assentou 3,5 mil famílias, contra 1300 assentadas nos quatro governos anteriores.
03/02/2001
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